Tribuna Ribeirão
Saúde

Vacinação contra a gripe – RP não atinge a meta, mas ainda há vacina

Tomaz Silva/Agência Brasil

A campanha de vacinação contra o vírus influenza (gripe) terminou na sexta-feira, 31 de maio, em todo o país, inclusive em Ribeirão Preto, mas as do­ses restantes já estão disponíveis para a população em geral, e não apenas para quem faz parte de algum dos grupos prioritários – essas pessoas também podem se vacinar, basta procurar uma dos 36 postos de saúde da cidade com sala de vacinação. Os horá­rios de atendimento variam de acordo com a unidade.

O último balanço da campa­nha em Ribeirão Preto, divulgado pelo Programa de Imunização da Secretaria Municipal da Saúde nesta segunda-feira, 3 de junho, aponta que foram vacinadas 144.512 pessoas na cidade des­de 10 de abril, atingindo uma cobertura de 76,9% da meta – faltam 43.460 (ou 23,1%) – nas contas do Tribuna.

O público-alvo da campa­nha é composto por 187.972 pessoas – número que corres­ponde a 90% da população dos grupos prioritários, de 208.858 ribeirão-pretanos. Consideran­do este total, a cobertura chega a 69,2%. Foram vacinadas 22.343 crianças, 21.219 trabalhadores da saúde, 3.413 gestantes, 1.207 puérperas (mulheres que deram à luz há até 45 dias), 3.749 pro­fessores, 62.227 idosos, 24.964 pessoas com comorbidades e 5.381 de outros grupos.

Os grupos prioritários são formados por crianças de seis meses a menores de seis anos (41.530), trabalhadores da saúde (31.156), gestantes (6.028), puér­peras (991), idosos com 60 anos ou mais (78.172), pessoas com comorbidades, doenças crôni­cas e imunossupressão (46.750) e professores e funcionários das redes públicas (municipal e esta­dual) e privada (4.231), bombei­ros e policiais militares – não há nenhum indígena no relatório.

No ano passado, durante qua­tro meses seguidos, a Secretaria Municipal da Saúde contabilizou 23 mortes em Ribeirão Preto por causa dos vírus H1N1 e H3N2, da influenza – a popular “gripe A” ou “gripe suína”. Desde agosto, porém não houve mais óbitos na cidade. Segundo o último Boletim Epide­miológico, as mortes foram regis­tradas em abril (um caso), maio (seis), junho (sete) e julho (nove).

Em 2017 não foi constatado nenhuma morte na cidade, mas no período anterior doze mora­dores faleceram – em 2018 foram onze a mais, quase o dobro, cres­cimento de 91,6%. Neste ano, até 31 de maio, apenas cinco casos de influenza de 103 investigados já foram confirmados no muni­cípio – três de Flu A não subti­pado e dois de Flu B . A cidade fechou o ano passado com 104 ocorrências de Síndrome Res­piratória Aguda Grave provo­cados por algum tipo de variação do vírus influenza, 63 a mais que os 41 de 2017, alta de 153,6%.

Região
Levantamento divulgado pela Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo mostra que, na área do Departamento Regional de Saúde (DRS-13), que abrange Ri­beirão Preto e mais 25 cidades, já foram vacinados 277.400 pacien­tes dos grupos prioritários, 69,5% da meta – o objetivo é imunizar 398.800, ou 90% do público-alvo, formado por aproximadamente 443 mil pessoas. Ainda falta va­cinar cerca de 121.400 pessoas, ou 30,5% da meta.

Neste ano, até 11 de maio, foram registrados 807 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) por influenza em todo o país, com 144 mortes. Até o momento, o subtipo predomi­nante no país é o vírus influenza A (H1N1), com registro de 407 casos e 86 óbitos. Segundo reco­mendação da Organização Mun­dial de Saúde (OMS), a vacina de 2019 preveni a população-alvo contra o vírus influenza dos tipos A (H1N1), A (H3N2) e B.

No total, oito estados bate­ram a meta de 90%: Amazonas (100,1%), Amapá (99,3%), Per­nambuco (95%), Espírito Santo (93,6%), Rondônia (94%), Ma­ranhão (93,5%), Rio Grande do Norte (92,3%) e Alagoas (93,4%). O balanço nacional da campanha ficou em 81,1%. O estado de São Paulo é o segundo com a menor taxa de cobertura (73,78%). Em primeiro lugar está o Rio de Janei­ro com 66,33%.

Durante a campanha, entre 10 de abril e 31 de maio, quase 80% do público-alvo foi vacinado, o que representa 47,5 milhões de pessoas. Foram priorizados 59,4 milhões dos grupos prioritários. Até a última sexta-feira (31), cerca de 11,9 milhões ainda não haviam recebido a dose de proteção con­tra a influenza.

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