A Secretaria Municipal da Saúde inicia nesta quarta-feira, 2 de abril, a campanha de vacinação contra a gripe deste ano para pessoas que fazem parte dos grupos prioritários, que incluem idosos com 60 anos ou mais, crianças de 6 meses a menores de 6 anos, gestantes, puérperas e pessoas com doenças crônicas.
A imunização pode ser feita em todas as 39 salas de vacina no município. A vacina é a forma mais eficaz de proteção contra o vírus, responsável por infecções respiratórias. O imunizante também evita complicações e o agravamento da doença. De acordo com o Departamento de Vigilância em Saúde, Ribeirão Preto recebeu o primeiro lote com 14 mil doses.
Novos lotes deverão ser encaminhados á cidade este mês e em maio. Para receber a vacina, é preciso comparecer a uma das unidades de saúde com documento pessoal. Caso possua a carteira de vacinação, é importante levá-la para o registro da dose.
Neste ano, até o dia 20 de março, foram registrados 393 casos de síndrome respiratória aguda grave (Srag) por influenza e 30 óbitos no Estado de São Paulo. Em todo o ano passado, foram 6.699 casos e 781 óbitos. No dia 21, o Ministério da Saúde começou a distribuir 35 milhões de doses.
A primeira leva, de 5,4 milhões de doses, chegou no dia 21 de março. Desse total, 1,3 milhão foram entregues ao estado de São Paulo. A campanha foi antecipada: a data original era 7 de abril para todo o público-alvo. A estratégia será mantida ao longo do ano, indo além das campanhas sazonais e se integrando ao Calendário Nacional de Vacinação.
A meta é imunizar 90% dos chamados grupos prioritários (com estimativa de público-alvo em cerca de 50 milhões de brasileiros), que incluem crianças de 6 meses a menores de 6 anos, idosos, gestantes, puérperas, pessoas com doenças crônicas, pessoas com deficiência, profissionais de saúde e professores dos ensinos básico e superior, dentre outros.
A lista ainda traz povos indígenas; pessoas em situação de rua; profissionais das forças de segurança e de salvamento; das Forças Armadas; caminhoneiros; trabalhadores do transporte rodoviário coletivo (urbano e de longo curso); portuários; funcionários do sistema de privação de liberdade; e população privada de liberdade, além de adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas (entre 12 e 21 anos).
Para a vacinação de 2025, o Ministério da Saúde adquiriu 73, 6 milhões de doses. No primeiro semestre, está prevista a distribuição de 67,6 milhões doses para as regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. No segundo semestre, serão distribuídas 5,9 milhões de doses para a Região Norte. O valor total do investimento é de R$ 1,3 bilhão, e o público-alvo é de 81,6 milhões de pessoas.
A partir deste ano, a vacina contra a influenza passa a ficar disponível em unidades básicas de saúde de forma permanente. A estratégia é não perder nenhuma oportunidade de vacinar pessoas que buscarem a dose. Os dias D nacionais de vacinação contra a influenza também serão retomados. A data, ainda será definida, mas deve acontecer em maio.
A possibilidade de ampliar a vacinação contra a influenza para o público em geral, segundo o ministro, não está descartada, mas ficará a critério de cada estado e município, levando em consideração o status de cobertura dos grupos prioritários. “A meta recomendada pela OMS [Organização Mundial da Saúde] é 90% [de cobertura vacinal para grupos prioritários]. Vamos perseguir isso”, diz o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Estudo realizado pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA aponta que no Brasil, e em mais quatro países da América do Sul, a vacinação contra a influenza reduz em 35% o risco de hospitalização associada ao vírus entre grupos de alto risco. Para pessoas com comorbidades, a redução foi de 58,7%. Já para crianças pequenas e idosos a redução foi de 39% e 31,2% respectivamente.
A vacina contra influenza de 2025 conterá as seguintes cepas: H1N1, H3N2 e B. A administração pode ser feita junto a outras vacinas do Calendário Nacional de Vacinação. O imunizante é contraindicado para crianças menores de 6 meses e pessoas com histórico de anafilaxia grave após doses anteriores. Em 2024, a cobertura vacinal do público prioritário foi 48,89% na região Norte e 55,19% nas demais regiões.