A Secretaria Municipal da Saúde prorrogou a campanha de vacinação contra o vírus influenza, causador da gripe, para a população acima de seis meses por mais 30 dias, com encerramento em 31 de julho. São 38 unidades de saúde da cidade que atendem em horários diferentes, de segunda a sexta-feira. Todas as pessoas acima de seis meses podem ser imunizadas.
A pasta municipal segue orientação da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, que anunciou a prorrogação na segunda-feira (3). É a segunda vez que isso acontece – quando foi lançada, a campanha vacinal iria até 31 de maio, e então foi estendida para 30 de junho. A cobertura vacinal está baixa em Ribeirão Preto.
De acordo com levantamento do Programa de Imunização, divulgado nesta quarta-feira, 5 de julho, desde o início da campanha foram aplicadas em Ribeirão Preto 166.553 doses, 59,72% do total estimado em 278.896 pessoas. Em idosos com 60 anos ou mais, foram 59.882 doses aplicadas, num público estimado em 122.881 pessoas, 48,73% do total.
De 45.835 crianças, 17.819 foram imunizadas, 38,88%. Dentre 5.813 gestantes, 2.302 receberam a vacina, 39,60%. Das 955 puérperas da cidade, 665 já estão protegidas contra a gripe, 69,63%. São 30.244 trabalhadores da saúde, dos quais 14.881 foram vacinados, 49,20% do total. Há ainda 40.078 pessoas com comorbidades, das quais 14.186 receberam a dose do imunizante, 35,40%.
Dentre os 8.068 professores, 2.279 já estão protegidos contra a influenza, 28,25% do público-alvo deste grupo. Outros segmentos somam 25.022 pessoas, e 54.539 foram imunizadas, 218% acima da meta. A coordenadora do programa de Imunização da Secretaria Municipal da Saúde explica que é importante todos irem aos postos de vacinação para se protegerem contra a doença.
“Com o empenho de todos, rapidamente alcançamos a meta de cobertura vacinal proposta pelo Ministério da Saúde e vacinamos além da meta de Ribeirão Preto, portanto, conclamamos às pessoas que procurem os postos de vacinação e se protejam”, orienta a coordenadora do programa de imunização da pasta, Mayra Fernanda de Oliveira.
O objetivo do governo paulista é ampliar a cobertura vacinal, ainda distante da meta: em todo o Estado, 44,5% do público-alvo se vacinou. A meta é chegar a 90%. Durante o primeiro período de prorrogação, no mês de junho, houve um aumento de 4,6% em relação aos vacinados até o final de maio. Nesse período foram aplicadas 6,1 milhões de doses de vacina, e apenas durante o mês de junho foram mais 4,6 milhões de doses, levando a um total de 10.769.619 doses.
A gripe geralmente causa febre, espirros, nariz congestionado, cansaço e dores no corpo, mas casos mais graves podem afetar principalmente crianças menores de 6 anos de idade, idosos, gestantes e pessoas com comorbidades, podendo levar até à morte.
Neste ano, até a última semana de junho, já foram registrados no Estado 176 óbitos decorrentes de infecção pelos diversos tipos de vírus da influenza, e 2.086 pessoas precisaram ser hospitalizadas. No mesmo período do ano anterior foram contabilizados 1.540 internações e 259 óbitos. Apesar da queda na letalidade, neste ano o número de hospitalizações cresceu 35,4%.
Em todo o ano de 2022 foram registrados 3.116 casos de gripe em que foi preciso internação, e 339 mortes. A vacina, desenvolvida pelo Instituto Butantan, é segura e eficaz, segundo a Secretaria da Saúde. Como o vírus tem alta capacidade de mutação e muda suas características ao longo do tempo, é preciso se imunizar todos os anos. A cepa do vírus H1N1 usada em 2023, por exemplo, é diferente da que foi usada para produzir os imunizantes no ano passado.
A cobertura vacinal contra a gripe (influenza) no estado de São Paulo está em 44,5%, e a meta é de 90%, segundo a Secretaria de Estado da Saúde. Diante do resultado, o governo está prorrogando pela segunda vez a campanha de vacinação para a população acima de 6 meses – a data prevista para encerramento é 31 de julho.
O agente causador da gripe é o vírus influenza, cujas cepas (subtipos) costumam mudar de um ano para o outro. Por isso, é importante se proteger dos vírus que estiverem circulando com mais intensidade. A vacina é composta por vírus inativados, portanto, não é capaz de induzir o desenvolvimento da doença.
A cepa do vírus H1N1 usada em 2023, por exemplo, é diferente da que foi usada para produzir os imunizantes no ano passado. As pessoas com mais de 65 anos representam nove em dez óbitos e 63% das hospitalizações relacionadas à influenza. A vacinação é eficaz em evitar a evolução da doença para estes quadros mais graves.
Cobertura vacinal contra a influenza
Meta para Ribeirão Preto
Total: 278.896
Cobertura: 166.553
(59,72%)
Idosos
Total: 122.881
Cobertura: 59.882
(48,73%)
Crianças
Total: 45.835
Cobertura: 17.819
(38,88%)
Gestantes
Total: 5.813
Cobertura: 2.302
(39,60%)
Puérperas
Total: 955
Cobertura: 665
(69,63%)
Trabalhadores/Saúde
Total: 30.244
Cobertura: 14.881
(49,20%)
Comorbidades
Total: 40.078
Cobertura: 14.186
(35,40%)
Professores
Total: 8.068
Cobertura: 2.279
(28,25%)
Outros segmentos
Total: 25.022
Cobertura: 54.539
(218%)
Fonte: Secretaria Municipal da Saúde