O Ministério da Saúde confirmou a compra de 12,5 milhões de doses de vacina contra a covid-19 da farmacêutica Moderna. Os imunizantes devem chegar à população nos próximos 15 dias. O contrato foi fechado na sexta-feira, 19 de abril. A pasta informou que iniciou o processo de aquisição emergencial em dezembro de 2023, quando a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a versão mais atualizada do imunizante.
Em nota, o ministério diz que essa é a primeira vez que empresas farmacêuticas disputam o fornecimento de vacinas contra a covid-19 no Brasil. Todas as aquisições anteriores foram feitas em um ambiente sem concorrência. A medida, segundo o governo, possibilitou uma economia de R$ 100 milhões. As doses estão atualizadas para proteger contra a variante XBB da covid-19.
A farmacêutica Adium, distribuidor exclusivo da Moderna no Brasil, informa que a vacina contratada pelo Ministério da Saúde é a versão mais atualizada do imunizante, com a proteína Spike codificada para a sublinhagem XBB.1.5 do Sars-CoV-2, seguindo as mais recentes recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e outros órgãos internacionais de saúde.
As 12,5 milhões de doses da vacina monovalente da Moderna serão destinadas ao Programa Nacional de Imunizações (ONI). A vacina marca a entrada da parceria Adium/Moderna no mercado brasileiro de vacinas. Pode ser aplicada em bebês a partir dos seis meses de vida.
Bebês não vacinados com seis meses a quatro anos e sem infecção prévia conhecida por Sars-CoV-2 devem receber duas doses, enquanto para o restante da população a imunização é feita com dose única, segundo a farmacêutica.
De acordo com a pasta, alguns municípios podem estar sem estoque, mas a maior parte das redes de saúde dos estados ainda tem Coronavac e Pfizer para adultos que precisam completar o esquema vacinal. O Ministério da Saúde enfatiza que as vacinas disponíveis nos postos de vacinação continuam efetivas contra as formas graves da doença.
Além disso, a rede continua abastecida com as vacinas para o público infantil que, segundo o ministério, é um público prioritário em razão da baixa cobertura vacinal. Entre os jovens com menos de 14 anos, apenas 11,4% receberam as três doses do imunizante.
No Brasil, os imunizantes contra covid-19 são recomendadas para a população geral a partir dos seis meses de idade. O esquema vacinal primário é de pelo menos duas doses. A vacina bivalente está em falta nos postos de Ribeirão Preto.
A Secretaria Municipal da Saúde enviou nota ao Tribuna. Informa que “a vacina contra a covid-19, assim como as demais vacinas do calendário, é fornecida pelo Ministério da Saúde aos Estados e, desses, aos municípios”, informa no comunicado
E finaliza: ”No início do mês de março o município de Ribeirão Preto recebeu um quantitativo reduzido da vacina, inferior à quantidade solicitada e necessária ao atendimento da demanda do município. Com relação ao prazo para normalização, não há informação oficial por parte dos órgãos responsáveis.”
Segundo o painel da Secretaria Municipal da Saúde, Ribeirão Preto soma 3.594 mortes por covid-19 e 180.783 casos de coronavírus desde o início da pandemia. Já são 25 óbitos neste início de ano – cinco em janeiro, onze em fevereiro e nove em março –, além de 3.303 contágios. A plataforma contabiliza dados até 17 de abril.
Atrasos no processo de compra de vacinas contra a covid-19 pelo Ministério da Saúde levaram ao adiamento do início da campanha de imunização deste ano contra a doença e já provocam desabastecimento em vários Estados do país. A pasta também abriu procedimento de compra regular para adquirir cerca de 70 milhões de vacinas.
Esse trâmite, no entanto, tem prazo maior e costuma demorar cerca de oito meses. Atualmente, o Ministério da Saúde tem em seu estoque para distribuição apenas 1,5 milhão de doses da vacina pediátrica contra a covid-19, sem mais doses da vacina para maiores de 12 anos.