Antes de escrever o presente artigo, visitei inúmeros dos 36 postos de saúde que oferecem a vacina contra a COVID-19 em nossa cidade de Ribeirão Preto. Em nenhum deles encontrei filas de espera, má vontade no semblante sempre sorridente e feliz dos profissionais da saúde que acolhem as pessoas, organizam os protocolos até às queridas enfermeiras que vacinam nosso amado povo.
Nossa tendência é de reclamar de tudo sempre. Descrever e apelar aos nossos direitos, elencar o que não vai bem nos serviços públicos. É bem verdade, que devemos sempre exercer nossa cidadania e buscar por nossos direitos, porém, cumprir, igualmente, nossos deveres, e, quando as “coisas” funcionam bem, é salutar que se louve, se agradeça e se registre o que existe de positivo em nossas políticas públicas.
Enquanto escrevo este artigo mais de 500 mil pessoas de Ribeirão Preto já receberam pelo menos a primeira dose da vacina, muitos a segunda e tantos outros a dose única. Somos mais de 700 mil habitantes e o número de pessoas, pelo menos parcialmente imunizadas, é digno de louvor pelo zelo e pela sensibilidade dos nossos governantes!
Registro minha profunda gratidão, admiração e respeito a todos os profissionais da Secretaria Municipal da Saúde de Ribeirão Preto, especialmente por meio da Coordenadora de Vacinação em nossa cidade, a Dra. Luzia Márcia Romanholi. Sua eficiência, dedicação, organização nos agendamentos, bem como no atendimento para as vacinas são motivos de nosso voto de louvor.
Ao assistir, pelos telejornais, as filas intermináveis em tantas cidades de nossa macrorregião, Estados e País, fico admirado como os ribeirão-pretanos agendados são atendidos pontualmente e com muita alegria e esperança de tempos melhores para todos aqueles que acreditam na ampla imunização de nosso povo que, se Deus quiser, logo poderá retomar hábitos, abraços, atividades e comportamentos, os mais próximos dos normais, numa fase que denominaremos “pós-pandemia”.
Continuemos alimentando nosso espírito de corresponsabilidade para com nossa própria saúde, bem como com a saúde das pessoas com quem convivemos, as que amamos, aquelas que dependem de nossa presença física mais próxima, como é o caso das crianças, dos idosos e enfermos.
Por outro lado ouvimos sempre alguns daqui e dali que reclamam, mesmo assim. Alguns por não prestarem atenção nas datas de agendamentos, outros porque desejam escolher a marca da vacina, colocando ideologias falsas ou Fake News à frente da eficiência já comprovada de todas as vacinas autorizadas pela Anvisa, mesmo que em fase emergencial. Basta observar a diminuição de novos casos, internações e óbitos.
“O pior cego, é aquele que não quer ver”! Os protocolos não farmacológicos continuam necessários: uso de máscaras, higienização das mãos, distanciamento social, sem aglomerações, devendo evitar, por enquanto, as festinhas até mesmo em casa. Uma das reclamações que me deixou estarrecido foi um senhor que disse retornar outro dia para vacinar, porque não achou a enfermeira bonita.
Fui atrás dele e lhe disse: “Se tem alguém feio aqui neste posto de saúde é o senhor”! Ele meio bravo perguntou: “Por que você me acha feio”? Eu respondi: “Não existem pessoas feias.
Todas são criaturas nascidas à imagem e semelhança do Criador. Mas as pessoas se tornam feias ou bonitas, dependendo de suas atitudes, como é essa do senhor”! Graças a Deus, o homem deu um sorriso amarelado, meio envergonhado e voltou à sala da vacinação. Até porque todas as enfermeiras são lindas e sorridentes, delicadas e gentilmente educadas no cadastro e na aplicação, da vacina com louvor!