Tribuna Ribeirão
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Vacina chinesa – Testes confirmam que a CoronaVac é segura

GOVERNO DE SÃO PAULO

O governador João Doria (PSDB) anunciou nesta se­gunda-feira, 19 de outubro, que a vacina contra o coro­navírus em desenvolvimento pelo Instituto Butantan é a mais segura em fase final de testes no Brasil. Estudos clíni­cos com nove mil voluntários com idade entre 18 e 59 anos no país mostram que apenas 35% tiveram reações adversas leves após a aplicação, como dor no local da aplicação ou dor de cabeça.

Não houve qualquer re­gistro de efeito colateral gra­ve durante a testagem. “Os primeiros resultados dos estu­dos clínicos realizados no Bra­sil comprovam que, entre to­das as vacinas testadas no país, a CoronaVac é a mais segura, a que apresenta os melhores e mais promissores índices no Brasil. É, de fato, a vacina mais avançada neste momento”, de­clara o governador.

“A vacina do Butantan foi a que apresentou menor índi­ce de efeitos adversos e me­lhores resultados até o pre­sente momento”, acrescenta Doria. Os dados de eficácia, porém, devem ser divulgados somente entre novembro e dezembro, o que deve atrasar a previsão do governador de iniciar a imunização ainda neste ano.

O desenvolvimento da va­cina no Brasil foi iniciado em julho, por meio de parceria entre a biofarmacêutica Si­novac Life Science, com sede em Pequim, e o Butantan. A CoronaVac é um dos imuni­zantes mais promissores em fase final de estudo em todo o mundo e produzida com base em tecnologia similar à de outras vacinas feitas com sucesso pelo Butantan. Até agora, foram aplicadas doze mil doses da vacina em nove mil voluntários

O comitê que analisa a efi­cácia do imunizante também aprovou os exames feitos no Hospital das Clínicas da Fa­culdade de Medicina de Ri­beirão Preto da Universida­de de São Paulo (HCFMRP/ USP). O HC iniciou os tes­tes da nova vacina contra o coronavírus em 30 de julho. Foram selecionados 300 vo­luntários. As reações mais comuns entre os participan­tes do estudo após a primeira dose foram dor no local da aplicação (19%) e dor de ca­beça (15%).

Na segunda dose, as rea­ções adversas mais comuns foram dor no local da apli­cação (19%), dor de cabeça (10%) e fadiga (4%). Febre baixa foi registrada em ape­nas 0,1% dos participantes e não há nenhum relato de rea­ção adversa grave à vacina até o momento.

O estudo no Brasil foi ini­ciado em 21 de julho e prevê a participação total de 13 mil vo­luntários, todos profissionais da saúde que atuam no aten­dimento a pacientes com co­vid-19. Eles estão sendo acom­panhados pelos 16 centros de pesquisa distribuídos por sete estados e o Distrito Federal.

A partir deste mês, a testa­gem do potencial imunizante contra o coronavírus está sendo ampliada para volun­tários idosos, portadores de comorbidades e gestantes. “A vacina Butantan é a mais segura em termos de efeitos colaterais. É a vacina mais segura neste momento não só no Brasil, mas no mun­do”, afirma Dimas Covas, di­retor do Instituto Butantan. Na China, segundo estudo divulgado no final de setem­bro, 94,7% dos mais de 50 mil voluntários que participam de teste não apresentaram efeito adverso.

Cronograma
Até dezembro, o Butan­tan receberá 46 milhões de doses da Coronavac, sendo seis milhões de doses da vaci­na já prontas para aplicação. Outras 15 milhões de doses devem chegar até fevereiro de 2021. A vacina desen­volvida entre a Sinovac e o Butantan é uma das mais promissoras do mundo. Ela utiliza tecnologia já conhe­cida e amplamente aplicada em outros imunizantes pro­duzidos pelo Butantan.

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