As universidades estaduais paulistas – USP, Unesp e Unicamp – também foram afetadas pelo corte de bolsas anunciado nesta terça-feira, 4, pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Foram congeladas nessas instituições 65 bolsas de cursos de mestrado, doutorado e pós-doutorado.
No total, houve o bloqueio de 2.724 bolsas de pós-graduação no País. Os cortes, segundo a Capes, atingiram cursos que, nas duas últimas avaliações, tiveram notas 3 ou que registraram redução da nota de 4 para 3 na última avaliação realizada pelo órgão.
Na USP, Unesp e Unicamp, 65 dos 101 auxílios em cursos enquadrados nesse critério foram cortados. O bloqueio, segundo o governo, não afeta quem já recebe o benefício. Serão congeladas bolsas que estavam previstas para os programas de pós-graduação em 2019 – a maioria com processo seletivo em andamento.
Regiões
Em números absolutos, as instituições que tiveram mais cortes de bolsas de mestrado e doutorado foram a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), na Paraíba, seguida pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). As três tiveram, respectivamente, 183, 168 e 123 bolsas congeladas.
Considerando todas as instituições da Região Nordeste, a proporção de cortes em relação ao total de auxílios oferecidos, em cursos mal avaliados, foi de 65%, mesma porcentagem das regiões Sul e Sudeste. Nas Regiões Centro-Oeste e Norte, houve menos cortes (53,4% e 31,54%, respectivamente). Segundo o governo, a diferença foi feita para “resguardar a política de redução de assimetrias regionais”.
A Capes já havia anunciado, em maio, cortes de 3.474 bolsas de pós-graduação. Os bloqueios, nessa primeira etapa, de acordo com o governo, atingiam cursos com vagas ociosas, ou seja, que estavam abertas, mas sem preenchimento. Com a nova medida anunciada nesta terça, portanto, o número de auxílios cortados chega a 6.198.
Em nota, a Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG) criticou a medida, que, segundo o órgão, “agrava ainda mais a concentração da pesquisa no centro-sul e perpetua as desigualdades regionais do País”.
Anderson Ribeiro Correa, presidente da Capes, disse nesta terça-feira que espera que esse seja o último bloqueio. Segundo ele, as bolsas que estão sendo congeladas podem ser retomadas se houver melhoria do cenário econômico, mas não há um prazo determinado para isso. Correa também justificou que os cortes ocorrem apenas para as instituições que têm “a menor nota possível para cursos em vigor”. “Como estão no limite há dez anos, estão deixando de ter prioridade.”
Avaliação
A Capes faz uma avaliação a cada quatro anos dos programas de pós-graduação stricto sensu, que recebem notas de 1 a 7. Avaliações na escala 1 e 2 têm canceladas as autorizações de funcionamento e o reconhecimento dos cursos de mestrado e/ou doutorado oferecidos; 3 significa desempenho regular, atendendo ao padrão mínimo de qualidade.
No total, houve o bloqueio de 2.724 bolsas de pós-graduação no País. Os cortes, segundo a Capes, atingiram cursos que, nas duas últimas avaliações, tiveram notas 3 ou que registraram redução da nota de 4 para 3 na última avaliação realizada pelo órgão.
Na USP, Unesp e Unicamp, 65 dos 101 auxílios em cursos enquadrados nesse critério foram cortados. O bloqueio, segundo o governo, não afeta quem já recebe o benefício. Serão congeladas bolsas que estavam previstas para os programas de pós-graduação em 2019 – a maioria com processo seletivo em andamento.
Regiões
Em números absolutos, as instituições que tiveram mais cortes de bolsas de mestrado e doutorado foram a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), na Paraíba, seguida pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). As três tiveram, respectivamente, 183, 168 e 123 bolsas congeladas.
Considerando todas as instituições da Região Nordeste, a proporção de cortes em relação ao total de auxílios oferecidos, em cursos mal avaliados, foi de 65%, mesma porcentagem das regiões Sul e Sudeste. Nas Regiões Centro-Oeste e Norte, houve menos cortes (53,4% e 31,54%, respectivamente). Segundo o governo, a diferença foi feita para “resguardar a política de redução de assimetrias regionais”.
A Capes já havia anunciado, em maio, cortes de 3.474 bolsas de pós-graduação. Os bloqueios, nessa primeira etapa, de acordo com o governo, atingiam cursos com vagas ociosas, ou seja, que estavam abertas, mas sem preenchimento. Com a nova medida anunciada nesta terça, portanto, o número de auxílios cortados chega a 6.198.
Em nota, a Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG) criticou a medida, que, segundo o órgão, “agrava ainda mais a concentração da pesquisa no centro-sul e perpetua as desigualdades regionais do País”.
Anderson Ribeiro Correa, presidente da Capes, disse nesta terça-feira que espera que esse seja o último bloqueio. Segundo ele, as bolsas que estão sendo congeladas podem ser retomadas se houver melhoria do cenário econômico, mas não há um prazo determinado para isso. Correa também justificou que os cortes ocorrem apenas para as instituições que têm “a menor nota possível para cursos em vigor”. “Como estão no limite há dez anos, estão deixando de ter prioridade.”
Avaliação
A Capes faz uma avaliação a cada quatro anos dos programas de pós-graduação stricto sensu, que recebem notas de 1 a 7. Avaliações na escala 1 e 2 têm canceladas as autorizações de funcionamento e o reconhecimento dos cursos de mestrado e/ou doutorado oferecidos; 3 significa desempenho regular, atendendo ao padrão mínimo de qualidade.