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USP RIBEIRÃO – Cotas para professores negros e mulheres

JORNAL DA USP

O novo reitor da Univer­sidade de São Paulo (USP), o médico ribeirão-pretano Carlos Gilberto Carlotti Jú­nior quer amentar a diver­sidade na Instituição com a contratação de futuros pro­fessores por meio de cotas para negros e para mulheres.

Recém-nomeado para o cargo pelo governador do Es­tado de São Paulo, João Dó­ria (PSDB), ele foi escolhido após ser o candidato mais vo­tado nas eleições internas da Universidade.

A eleição ocorreu de ma­neira indireta, no dia 25 de novembro, por meio da As­sembleia Universitária que é formada por cerca de dois mil representantes de con­selhos. Carlotti assumirá o cargo no dia 25 de janeiro de 2022 e terá a socióloga Ma­ria Arminda do Nascimento Arruda como vice-reitora. O mandato é de quatro anos.

A USP tem 159 professores pretos ou pardos, o que representa 2,7% de 5.788 docentes

Em suas primeiras en­trevistas, após ser nomeado para o cargo, Carlotti Júnior afirmou que uma de suas me­didas no comando da Uni­versidade será implementar uma nova pró-reitoria para cuidar de inclusão e diver­sidade. Segundo ele, a in­tenção é unificar ações hoje fragmentadas e desta forma, melhorar situação de gênero e étnico raciais, para ter uma universidade mais equânime.

Segundo o reitor, se isso não for feito de maneira in­duzida, levará dezenas de anos para que a USP tenha maior diversidade entre seus professores. A USP tem 159 professores pretos ou par­dos, o que representa 2,7% de 5.788 docentes.

Este ano, 44,1% de estu­dantes autodeclarados pretos, pardos e indígenas se matricu­laram na instituição. Percen­tual que deverá se repetir nos próximos anos em função das cotas existentes no vestibular.

Para o reitor, é preciso que essa diversidade existente en­tre os alunos também seja re­fletida entre os professores.

De acordo com ele, a in­tenção é que já no primeiro semestre de 2022 seja enviado para o Conselho Universitário a mudança de regimento e do estatuto que cria a pró-reito­ria de inclusão e também para colocar a inovação no mesmo nível da pesquisa.

“Temos de conversar com a comunidade e colocar nos co­legiados. Mas grandes mudan­ças têm de ser feitas no começo da gestão, para as modificações já poderem ser avaliadas”, afir­mou à imprensa.

A estimativa dele é que nos próximos anos sejam contratados um total de 400 novos professores, mas este detalhamento ficará a cargo da nova pró-reitoria de inclusão.

Também caberá ao novo órgão planejar políticas para aumentar bolsas e outras for­mas e contribuir para que os estudantes de baixa renda con­tinuem na universidade. Um dado importante nesta direção foi verificado no ano passado quando 50% dos novos alunos matriculados na USP eram oriundos de escolas públicas.

Segundo o governo paulis­ta, em relação ao orçamento previsto para as universidades estaduais em 2018, o aumento geral para o próximo ano deve­rá ser da ordem de 41%. Com o investimento recorde em ci­ência, tecnologia e inovação, o governo do Estado garante que as instituições tenham retorno seguro às aulas presenciais em 2022 e investimento em infra­estrutura física e tecnológica.

Representatividade negra na literatura infantil
A Coleção Contaí, lançada pela DMCard em parceria com a 2112Lab, retrata a “cara” de uma família tipicamente brasileira por suas caracte­rísticas de esforço, batalha e alegria. Protagonista da his­tória, Cauã, um menino negro de 12 anos, narra ao longo da coleção o seu desejo por um celular de última geração e todo o percurso que fará para conquistar o seu objetivo – a começar com a participação em um concurso municipal sobre Educação Financeira.

Di.Ca – Diário do Cauã – “O Concurso”, “O Consumo” e “A Mesada”, primeiro, segundo e terceiro livros da Coleção Contaí já estão disponíveis gratuitamente.

Coleção Contaí retrata a cara de uma família tipicamente brasileira por suas características de esforço, batalha e alegria
Protagonista da história, Cauã, um menino negro de 12 anos, narra ao longo da coleção o seu desejo por um celular de última geração

“Crianças e adolescentes serão os adultos de ama­nhã. Então é fundamental receberem orientação sobre educação financeira e o consumo consciente desde cedo. Seja para evitar gastos desnecessários, aprender a poupar para projetos de vida ou mesmo se preocuparem com a preservação sustentá­vel do meio ambiente e com uma sociedade mais iguali­tária. Esse é o grande legado que devemos deixar para eles”, explica Sandra Cas­tello, diretora de marketing e pessoas da DMCard.

Em parceria com a gestora de projetos em comunicação 2112Lab, a coleção foi es­crita por Stefânia Andrade e ilustrada por Ana Baccaro. Os três livros estão disponíveis para download no site www. colecaocontai.com.br.

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