Tribuna Ribeirão
Educação

USP – Aulas começam na segunda-feira

ALFREDO RISK

As aulas presenciais em to­dos os campi da Universidade de São Paulo (USP) serão re­tomadas nesta segunda-feira, 14 de março, segundo o reitor Carlos Gilberto Carlotti Junior. Os espaços físicos passaram por adaptações para reduzir os riscos de transmissão da covid-19, diz o neurocirurgião de 61 anos, professor da Facul­dade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP).

O novo reitor da USP de­fende o passaporte vacinal na instituição, válido para alunos, professores e servi­dores técnico-administrativos. “É a nossa opção. Temos um aplicativo de identificação em que já pode ser incluída a vacinação. É importante que consideremos a vacinação como obrigação”, afirma.

Segundo ele, um “esquema especial” foi montado às pes­soas que não possam – por de­terminação médica – receber o imunizante contra o novo coronavírus. Para o retorno, o reitor diz que a universidade aumentou a ventilação nas sa­las de aula e prevê um esquema preferencial de refeições em espaços amplos.

“Nosso objetivo é ter um ensino em 2022 melhor do que foi em 2019 (último ano intei­ramente presencial). O corpo docente está preparado para fazer a transição”, garante. “To­dos os prédios e instalações de­verão estar funcionado. É para ser presencial o ensino. O uso de alguma ferramenta media­da por tecnologia será comple­mentar”, diz.

“A USP não é uma univer­sidade de ensino a distância. É isso que nossos alunos estão esperando e o corpo docente também”, acrescenta Carlotti Junior, o candidato mais vota­do nas eleições de novembro e acabou sendo escolhido, em 8 de dezembro, pelo governa­dor João Doria (PSDB), para assumir a maior universidade do país. A socióloga Maria Ar­minda do Nascimento Arruda é a vice-reitora da instituição.

Carlotti Junior é professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) e ficou em primeiro lugar na eleição para reitor da Universidade de São Paulo. A votação inter­na foi realizada em 25 de no­vembro. A chapa dele e Maria Arminda recebeu 1.156 votos contra 795 da chapa “Somos todos USP”, dos professores Antonio Carlos Hernandes e Maria Aparecida de Andrade.

No campo das ações afir­mativas, Carlotti Junior tem defendido maior diversidade de gênero para professores – ele inclusive avalia adotar alguma ação afirmativa nes­se sentido – e aperfeiçoar os sistemas de identificação dos cotistas (pretos, pardos e in­dígenas) com o objetivo de evitar fraudes.

“Obviamente temos limi­tações e legislações para fazer algumas atividades, mas pre­cisamos ter no corpo docente a mesma diversidade no cor­po discente”, diz. “Por isso, a preocupação que considere a diversidade de gênero e ra­cial. “Ainda não temos uma fórmula pronta, mas é um interesse da reitoria que isso seja representado. Isso deve ser feito com o processo na­tural, sem romper a excelên­cia da universidade”, frisa.

A USP tem 159 professo­res pretos ou pardos, o que representa 2,7% de 5.788 do­centes. O campus de Ribeirão Preto tem cerca de 2,7 mil profissionais, sendo 900 do­centes, e mais de 15 mil alu­nos. Desde 2017, a universi­dade adota o sistema de cotas raciais para alunos de esco­las públicas no vestibular da Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest).

Também reserva vagas para estudantes oriundos de escolas públicas no Sistema de Sele­ção Unificada (Sisu), que usa a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Em 2020, pela primeira vez, a instituição teve 50% de seus novos alunos vindos da rede pública de ensino.

Postagens relacionadas

REGES lança Curso de Elaboração de Plano de Negócios

Redação

Caixa divulga orientações para renovação de contratos do Novo Fies

Redação 1

A 16ª Olímpiada de Matemática aplica provas até 3 de agosto

Redação 1

Utilizamos cookies para melhorar a sua experiência no site. Ao continuar navegando, você concorda com a nossa Política de Privacidade. Aceitar Política de Privacidade

Social Media Auto Publish Powered By : XYZScripts.com