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Urbanismo e urbanista

Urbanismo é matéria multidisciplinar ampla, exigindo do urbanista ou de quem venha exercê-la, um perfil todo espe­cial. Abaixo arrisco algumas considerações sobre a matéria.

De fundamental importância a ser considerado pelos urbanistas é o planejamento a curto, médio e longo prazos tendo em vista o aspecto preventivo, procurando antever futuros problemas e planejando para que eles sejam evitados e/ou minimizados.

É o urbanista um dos responsáveis pelo desenvolvimento auto-sustentável, previamente direcionado, em conjunto com as autoridades constituídas, norteado pelo critério do custo benefício, tendo como objetivo primordial o bem comum.

Importante é ter uma visão macro, de conjunto, para que as soluções pontuais adotadas sejam inseridas de forma coerente no contexto mais amplo, sem deixar de considerar as variáveis no tempo e no espaço.

Para o urbanista, além da área municipal urbana, a rural tem que ser considerada, e mesmo a dos municípios lindei­ros, quando se tratar, por exemplo, da macro drenagem, do tratamento de esgotos, do destino do lixo urbano e sua reci­clagem, do transporte coletivo interurbano.

Exige-se do urbanista, conhecimento multidisciplinar abrangente, de diversas áreas do saber, exige-se conhecimento do ambiente em que vive ou atua, exige-se que tenha espírito crítico de observação, exige-se que seja ousado, criativo para que possa propugnar por idéias avançadas e sugerir soluções, desde que passiveis de realização.

Pesquisando, analisar desde o passado ao presente para poder extrapolando, detectar a melhor das alternativas para a problemática urbanística.

Temos profissionais competentes atuando em inúmeras áreas, entretanto, urbanistas de fato, são poucos; precisamos urgentemente de mais urbanistas atuantes para evitar o caos reinante não só aqui, como em todo país, para evitar os pu­xadinhos, os remendos, os provisórios que se tornam defi­nitivos, os não prioritários, os de cunho eleitoreiro e depois abandonados!

Enfim, o aspecto social com freqüência posto em plano se­cundário, não pode ser esquecido, devendo sempre ser o mais importante, tendo sempre, como objetivo o bem comum!

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