Tribuna Ribeirão
Cultura

Universidade conclui estudo sobre museu

FERNANDO GONZAGA/CCS

Na manhã desta quarta-fei­ra, 18 de dezembro, foi entre­gue, em formato digital, o resul­tado do projeto de extensão dos alunos dos cursos de Arquite­tura e Urbanismo e Engenharia Civil do Centro Universitário Moura Lacerda, fruto de con­vênio celebrado em outubro de 2018 com a prefeitura de Ribei­rão Preto, por meio da Secreta­ria Municipal da Cultura, e com a instituição.

O convênio com a universi­dade previu a execução de um trabalho de reconhecimento de bem histórico de arquitetura e engenharia para embasamento do posterior projeto de restauro e revitalização do Museu His­tórico e de Ordem Geral Plínio Travassos dos Santos. Seis alunos dos cursos citados, assim como seus respectivos professores e coordenadores, trabalharam diariamente para o levantamen­to minucioso e detalhado, além de um diagnóstico da edificação do equipamento.

Foram apresentados pela professora do curso de Ar­quitetura e Urbanismo, Tânia Maria Bulhões Figueira, os le­vantamentos métrico, histórico e fotográfico da edificação re­alizados durante o período. O material apresentado baseou-se no manual de elaboração de projetos de preservação do pa­trimônio cultural do Programa Monumenta, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

A secretária da Cultura, Isabella Pessotti, representan­do o prefeito Duarte Nogueira Júnior (PSDB), agradeceu ao Centro Universitário Moura Lacerda pelo empenho e dedi­cação em entregar um levanta­mento tão cuidadoso do Mu­seu Histórico, que faz parte da identidade cultural dos ribei­rão-pretanos. Também agra­deceu à equipe da Secretaria da Cultura, principalmente aos colaboradores do Complexo dos Museus pela acolhida aos estudantes e professores.

“Temos aqui presentes Adriana Silva e Alessandro Ma­raca (MDB) que, assim como eu estou, já estiveram à frente da pasta da Cultura. A sinergia destes empenhos e vontades faz com que haja a continuidade no trabalho que ruma para a reabertura de nossos Museus, restaurados e com planos muse­ológico e de ocupação bem deli­neados”, complementa.

O Museu Histórico e de Or­dem Geral Plínio Travassos dos Santos e o Museu do Café Co­ronel Francisco Schmidt estão fechados para visitação para a salvaguarda de seu acervo e edi­ficações, dependendo de refor­mas para a reabertura. Em no­vembro, houve a liberação, pela prefeitura de Ribeirão Preto, de um recurso de R$ 1,5 milhão para manutenção e reabertura do Museu Histórico. Para 2020, estão previstos investimentos de mais R$ 4 milhões, em con­trato com o Banco do Brasil, sendo que R$ 500 mil serão aplicados no projeto de arquite­tura e restauro de todo o Com­plexo de Museus, localizado no campus da Universidade de São Paulo (USP).

Segundo o diretor do Com­plexo de Museus, José Venâncio Júnior, com este material será possível abrir chamamento para os projetos básico e executivo para restauro do museu e, tam­bém, captar recursos por meio de leis estaduais e federais de incentivo à cultura, como o Pro­grama de Ação Cultural (Pro­AC) e a Lei Rouanet, respectiva­mente, além da possibilidade de parcerias público-privadas.

Com o auxílio dessas leis de incentivo, empresas da iniciativa privada poderão investir recur­sos para recuperação do local. “Os museus fazem parte da his­tória de Ribeirão e estamos em­penhados na reforma e restauro para preservá-los como locais de identidade cultural, memória e história de nossa sociedade”, afirma o diretor.

Os museus
Com o objetivo de contar a história do “ciclo do café” em Ribeirão Preto e no Brasil, Plí­nio Travassos dos Santos come­çou a recolher e colecionar ob­jetos alusivos a cultura do “ouro verde”. Em 20 de janeiro de 1955, já com um número sig­nificativo de objetos, foi inau­gurado o Museu do Café, ins­talado provisoriamente, em três salas e três corpos das varandas que circundam o edifício do Museu Histórico. O prédio do Museu do Café Coronel Fran­cisco Schmidt foi inaugurado oficialmente em 26 de janeiro de 1957, no campus da Univer­sidade de São Paulo (USP).

O Museu Histórico e de Or­dem Geral começou a sair do papel em 1938, por iniciativa do seu patrono Plínio Travassos dos Santos. Com o objetivo de criar um Museu em Ribeirão Preto. A criação foi oficializada em julho de 1949. Em 1950, o município recebeu por empréstimo a ca­sa-sede (antigo Solar Schmidt) da Fazenda Monte Alegre. Este imóvel e a área circundante fo­ram posteriormente doados (em regime de comodato) me­diante autorização legal. Em 28 de março de 1951, instalado definitivamente no antigo Solar Schmidt, o museu foi inaugura­do, com as seções Artes, Etnolo­gia Indígena, Zoologia, Geolo­gia e Numismática.

Os Museus Histórico e do Café abrigam um dos mais importantes acervos relaciona­dos ao café, formado por cerca de três mil objetos, dentre eles documentos históricos, foto­grafias, numismática, etnologia indígena, mineralogia, mobi­liário, indumentária, além de obras de arte como pinturas e esculturas de artistas de renome como Victor Brecheret, Rodol­fo Bernardelli, José Pereira Bar­reto, Tito Bernucci, Oscar Pe­reira da Silva, J. B. Ferri, Odete Barcelos, Colette Pujol, muitas com temática histórica.

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