Tribuna Ribeirão
Política

União libera recurso para piscina da Cava

FOTO: ALFREDO RISK/ARQUIVO

Mais um capítulo da no­vela que envolve a instalação de 18 aquecedores na piscina olímpica do Complexo Elba de Pádua Lima – “Tim”, a popu­lar Cava do Bosque. Na tarde de segunda-feira, 4 de novem­bro, o Ministério da Cidadania emitiu a ordem bancária para a prefeitura de Ribeirão Preto garantindo o repasse de R$ 207.639,86 para custear a im­plantação de todo o sistema e instalação do gradil no com­plexo esportivo.

O montante representa quase 85% dos R$ 244.880,44 anunciados pela prefeitura no edital de licitação que acabou revogado em 22 de julho por desistência das duas empresas vencedoras do certame. A no­tícia da liberação da verba foi bem recebida pelo vereador Igor Oliveira (MDB). Foi ele quem intermediou o recurso junto ao ministério em 2017.

“Essa é uma luta que co­meçamos logo nos primeiros meses de mandato. Primeiro recuperando as máquinas que haviam sido doadas para a ci­dade de Rio Claro e, depois, junto ao deputado federal Ba­leia Rossi (MDB-SP), buscan­do a verba para instalação das bombas e do gradil, que vai aumentar a segurança da pis­cina”, comenta Oliveira.

De acordo a Secretaria Municipal de Esportes, a Cai­xa Econômica Federal dará a autorização para o início da obra. Em seguida, a ordem de serviço será emitida pelo Exe­cutivo. O prazo para o término das intervenções é de 60 dias.

O certame, que já causou muita polêmica e tem um his­tórico de idas e vindas, prevê a contratação de empresa especia­lizada para reforma e moderni­zação do polo aquático do local.
A piscina da Cava do Bos­que é utilizada pela equipe de polo aquático e alunos da es­cola de natação, que só terão água quente em 2020. Em ju­lho, as duas empresas habili­tadas e homologadas para as obras desistiram do processo. A desistência da Rontech, que faria a instalação dos 18 aque­cedores, ocorreu por causa da necessidade de revisão das planilhas aprovadas pela gesto­ra do contrato, isto é, a Caixa Econômica Federal.

Já a Alessi & Novaes, que instalaria os gradis de proteção em todo o complexo aquático, desistiu tendo em vista “a ne­cessidade de nova contratação antes de receber a ordem de início dos serviços”. O valor do contrato para instalação dos 18 aquecedores era de R$ 145.484,00 e o dos gradis, de R$ 99.396,44.

Capítulos sem fim
A novela dos 18 aquece­dores que serão instalados nas piscinas da Cava do Bosque co­meçou em 2014, ainda na ges­tão da ex-prefeita Dárcy Vera (sem partido) e continuou no governo Duarte Nogueira Jú­nior (PSDB). Desde que os 18 aparelhos foram doados, cinco processos para instalação dos aparelhos foram feitos, mas nenhum foi concluído.

Só para exemplificar, em 27 de abril de 2017 a prefei­tura divulgou, em seu portal, que para garantir o treino de atletas e alunos das aulas de esportes aquáticos durante o inverno, por meio da Secre­taria Municipal de Esportes, garantiu a volta dos 18 aque­cedores doados pelo Serviço Social da Indústria (Sesi). Por não terem sido instalados, em 2015 o Sesi cancelou a doação e levou os aquecedores para a cidade de Rio Claro, também no interior paulista.

Em 2017, a prefeitura, ga­rantiu que a instalação dos equipamentos seria realizada por meio de verba prove­niente da iniciativa privada ou de emenda parlamentar no valor de aproximadamen­te R$ 150 mil. Naquele ano, o deputado federal Baleia Rossi (MDB) e o vereador Igor Oli­veira (MDB) anunciaram a conquista destes recursos.

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