O total de impostos arrecadados no acumulado de janeiro a agosto deste ano em Ribeirão Preto foi da ordem de R$ 2,03 bilhões, um avanço de 10% em relação ao recolhimento de R$ 1,84 bilhão registrado no mesmo período de 2017, ou R$ 194 milhões a mais, aproximadamente. Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/Pasep) tiveram as variações mais significativas, com contribuições alcançando 12,8% e 11,7%, respectivamente.
Somente em agosto a arrecadação de impostos federais em Ribeirão Preto cresceu 4,1%, de R$ 204,50 milhões em 2017 para R$ 507,21 milhões no mesmo mês deste ano, aporte de R$ 302,71 milhões. Em oito meses, cada um dos 694.534 ribeirão-pretanos – segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (INGE) – pagou R$ 2.928,44 para a União. É o que aponta o boletim Termômetro Tributário do Centro de Pesquisa em Economia Regional (Ceper) da Fundação para Pesquisa e Desenvolvimento da Administração, Contabilidade e Economia (Fundace).
Na região, a arrecadação acumulada em 2018 chegou a R$ 3,5 bilhões, alta de 10,5% se comparada ao mesmo período do ano passado, de R$ 3,17 bilhões, ou R$ 330 milhões a mais. Em agosto, passou de R$ 351,37 milhões para R$ 361,10 milhões, ou R$ 9,73 milhões a mais, alta de 2,8%. Com exceção do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF), que apresentou queda de 0,2%, houve aumento no recolhimento dos outros tributos, com destaque para o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI, alta de 13,4%), seguido por Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ, aumento de 11,9%), PIS/ Pasep (11,9%), Cofins (11,9%) e Contribuição Social para o Lucro Líquido (CSLL, crescimento de 6%).
No acumulado de janeiro a agosto de 2018, o País atingiu o segundo melhor resultado dos últimos cinco anos na arrecadação de tributos federais, com crescimento de 7,7% em relação a 2017, somando R$ 642,20 bilhões, ou R$ 46,1 bilhões a mais que os R$ 596,10 do ano passado. No Estado de São Paulo, a alta foi de 6,4%, saltando de R$ 250,83 bilhões para R$ 266,84 bilhões, ou R$ 16,01 bilhões a mais.
O Imposto Sobre a Importação e o IPI Vinculado à Importação tiveram um crescimento real de 26,28% nos oito primeiros meses de 2018, frente ao mesmo período do ano anterior. Contribuíram para o resultado a alta de 24,59% no valor em dólar das importações e o aumento médio de 11,58% na taxa de câmbio.
Na mesma base de comparação, houve variação positiva na arrecadação conjunta da Cofins e do PIS/Pasep (11,18%). “O crescimento de 5,62% do volume de vendas de bens, associado ao aumento das alíquotas do PIS/COFINS sobre os combustíveis, contribuiu para elevar o recolhimento dos dois impostos”, avalia o pesquisador do Ceper Sérgio Sakurai, que realiza o estudo em conjunto com as pesquisadoras Francielly Almeida e Lorena Araújo.