Há alguns anos era possível encontrar estabelecimentos comerciais como Farmácia do Seu José, Drogaria Santa Maria, Boutique da Luciana ou mesmo com nomes mais sofisticados, mas que pertenciam a uma pessoa, uma família ou sócios. Hoje esses pequenos estabelecimentos perdem espaço, principalmente em bairros nobres ou áreas centrais das grandes cidades, para as franquias que atuam nos mais variados tipos de serviços e comércios. Ribeirão Preto é uma das cidades com maior número de franquias no Brasil.
A Associação Brasileira de Franchising (ABF) divulgou há cerca de 15 dias uma lista das 30 cidades brasileiras com a maior quantidade de unidades e de marcas de franquias. Nessa lista, Ribeirão Preto está 16ª posição de quantidades de franquias, ficando atrás de algumas capitais e duas cidades paulistas: Campinas e Guarulhos, e na 12ª de marcas. De acordo com investidores e proprietários de franquias a cidade ainda tem mais potencial para a expansão de redes.
Nascido e criado em Ribeirão Preto, o empresário Gustavo Leite Polon investiu em uma franquia de gestão de serviços e soluções técnicas para limpeza corporativa, a Limpidus. Ele preferiu apostar em franquia por ela “permitir aproveitar uma vantagem competitiva, pois já testou os produtos e a marca no mercado. A chance de ser bem sucedido no empreendimento é maior. A receita do bolo já existe e é sucesso, basta segui-la”, salienta.
Outros pontos apresentados por ele foram conhecimento e alinhamento estratégico comercial entre franqueador e franqueado para buscar o perfil ideal dos clientes potenciais, “aumentando e melhorando a nossa capacidade de prospecção de novos contratos”. E o fato de a franquia proporcionar capacitação/treinamento customizado de acordo com o segmento escolhido. “Além disso, o marketing e propaganda são rateados entre os demais franqueados da rede. Com isso, temos uma redução substancial nos investimentos e melhoria na qualidade da propaganda”, explica.
Polon diz que foi sua primeira experiência com franquia e como empreendedor. “Sempre trabalhei como empregado em companhias de grande porte, na área de faciliteis (Shopping Center, Multinacionais do setor Sucroalcooleiro)”. E que escolheu Ribeirão Preto por gostar da cidade. “A região de Ribeirão Preto é muito boa para negócios. Existem boas oportunidades, é um dos maiores entroncamentos logísticos do estado, um grande pólo agroindustrial, forte estrutura econômica, várias universidades, como também grandes empresas aqui instaladas”, finaliza.
Gestão tributária – A atual crise econômica e financeira que se abateu sobre o país motivou o advogado Tiago Cavasini, o economista, Luciano Ferrero, e o jornalista, Josué de Carlos, a unirem forças e abrirem uma filial da Tributare, uma franquia que atua com gestão tributária, financeira, jurídica e imobiliária. Segundo De Carlos, a união das forças “se fez necessária para a busca por alternativas capazes de complementar o orçamento e diversificar os negócios”.
Escolas de chefes – O argentino Germán Esteban Torres tem uma franquia forte no ramo de formação de chefes de cozinhas. Mas segundo ele, isso aconteceu por acidente. “Eu gosto muito da educação, sou filho do fundador de uma universidade em Rosario (Argentina) e também gosto muito da gastronomia.
Não sou nem cozinheiro e muito menos chef, foi por acidente que eu conheci a marca IGA. Eu trabalhava na área de RH de um importante banco e no ano 2009 optei por sair da empresa, aí comecei a trabalhar para um grupo de investidores que havia montado naquele ano cinco escolas IGAs no Brasil e, ao longo de dois anos de trabalho, capacitação e muitos sacrifícios, optei por continuar abrindo caminho por minha conta e abrir minhas próprias escolas”, conta.
Estebán formou uma empresa franqueada do IGA com dois amigos, e hoje eles tem um grupo de cinco escolas. “Fizemos abertura no ano 2011, em Santo André, 2012 em Sorocaba e em São José dos Campos e, finalmente, em 2013 em São Bernardo do Campo e Ribeirão Preto”, acrescenta.
Sebastian e Diego, que são meus sócios, estão vinculados à área agropecuária e falaram que Ribeirão Preto era uma cidade com muito potencial para fazer abertura. Tem quase 600 mil habitantes e financeiramente é muito ativa, basicamente foi isso.
Ele conta que escolheu Ribeirão Preto por conta de indicação dos sócios.
“Sebastian e Diego, que são meus sócios, estão vinculados à área agropecuária e falaram que Ribeirão Preto era uma cidade com muito potencial para fazer abertura. Tem quase 600 mil habitantes e financeiramente é muito ativa, basicamente foi isso”, revela.
Sobre as perspectivas, o argentino se mostra positivo. “O Brasil é um pais muito grande, muito rico e muito bem descentralizado, por isso acho que a crise está finalizando e podemos planejar mais a longo prazo. Já estamos analisando cidades onde poderemos desenvolver nossas novas escolas”, finaliza.