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Uma legítima homenagem

No próximo dia 1º de fevereiro será o dia do cinquentená­rio da posse para o primeiro mandato do ex-prefeito Antônio Duarte Nogueira, meu pai, que voltaria a governar a cidade em 1977. Por dois mandatos, um de quatro anos e outro de seis, ele governou a cidade com os olhos décadas à frente. Ao mesmo tempo em que se preocupou em construir casas para as pessoas mais simples, trabalhou para preparar a cidade para as próximas décadas, como atestam amigos e até adver­sários políticos que com ele mantiveram disputas eleitorais.

E será exatamente neste dia 1º de fevereiro, quando se completam os cinquenta anos da primeira posse do ex-prefei­to, que realizo a primeira noite de autógrafo do livro “Duarte Nogueira Vida e Obra de um Líder”, na Livraria Travessa, do RibeirãoShopping, às 19h30. É uma homenagem não ao meu pai, mas a um homem que a cidade aprendeu a respeitar como médico, prefeito por duas vezes e grande líder políti­co que tinha os olhos para as pessoas mais carentes e para o desenvolvimento que a cidade precisava e merecia.

Fosse apenas eu a dizer isto soaria como o elogio de um filho que ama seu pai e que, por isso, o considera o melhor homem do mundo. Para minha felicidade, este homem que merece meus elogios também é lembrado com muito carinho por pessoas que com ele conviveram, às vezes no mesmo palanque, outras vezes lutando em campos distintos. Os depoimentos estão no livro, a lembrar de uma pessoa que trabalhou incansavelmente por uma cidade cada vez melhor. Que criou empresas e autarquias capazes de alavancar o desenvolvimento.

É um tempo que precisa ser lembrado. Não se pode apagar da memória da cidade o período de grandes inovações e de desen­volvimento que nossa cidade passou nas gestões do meu pai, um tempo propício para o crescimento, com mais oportunidades para os municípios. Nada do que se realizou, no entanto, teria acontecido se ele não tivesse usado da visão progressista que veio ao encontro de um cenário à espera de um grande gestor.

“Lembro-me também dele como um grande batalhador pela qualidade da saúde, não apenas pelo fato de ser médico, e como um político preocupado com modernização da cidade. A aquisi­ção dos trólebus, ao mesmo tempo em que começavam a funcio­nar em outras cidades do Brasil, foi um grande exemplo disso. Sem falar no incentivador que foi do esporte, aquele médico de formação e político por opção estava sempre pronto a divulgar principalmente o ciclismo, com suas pedaladas de grande distân­cia”. A afirmação acima é do jornalista e radialista ribeirão-preta­no Heraldo Pereira, no prefácio do livro.

Como Heraldo Pereira, no prefácio, outras 26 pessoas escre­veram seus depoimentos para o livro. São testemunhos de uma história recente que agora ganha luz para iluminar um período importante da vida da cidade. Os relatos têm o poder de apro­ximar a época atual da que foi vivida 50 anos atrás. Confere ao livro mais vida, mais movimento. E acrescenta sempre o dom da veracidade, da credibilidade de narradores diferentes, de profis­sões diversas e de vários segmentos da sociedade.

Tão importante quanto a história em si, o livro traz em seu início uma pesquisa genealógica com informações do sobrenome Nogueira desde o ano 1070, em livros portugueses, mas de liga­ção com famílias espanholas, até o aparecimento no Brasil.

É um livro notadamente de resgate da memória daqueles anos de administração municipal. Mas também não deixa de ser uma homenagem a este homem que muito fez por esta cidade e que, para minha felicidade e orgulho, é meu pai.

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