A atual Diretoria da Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (ACIRP) encerra seu mandato neste primeiro semestre de 2020. Presidida pelo ativo empresário Dorival Balbino, a ACIRP se mostra renovada e vibrante em sua atuação.
Participo da Diretoria juntamente com empresários e empreendedores de vários segmentos. Temos lá comerciantes, industriais, prestadores de serviços, construtores… E o que nos une é a busca por uma entidade muito bem administrada e voltada para os interesses legítimos de seus associados, mas também por termos uma comunidade desenvolvida econômica, cultural e socialmente.
Esta tem sido a tônica da atual gestão: nos temas internos, buscar insistentemente o apoio ao associado, e as demandas são muitas. Apenas como exemplo, a questão dos camelôs, tão onerosa aos comerciantes, principalmente àqueles localizados no centro da cidade. Não foram poucos os embates com o Poder Público.
Em temas difusos, ao lado de outras entidades como Ciesp, AARP, OAB, Instituto Ribeirão 2030, Observatório Social, Associação dos Contabilistas, Assilcon e outras tantas parceiras, a ACIRP tem ajudado a catalisar movimentos por uma gestão pública mais transparente e eficiente.
A chamada sociedade civil organizada ganhou corpo em nossa cidade. Talvez a corrupção generalizada do governo anterior tenha mexido com os brios dos cidadãos e estes se inquietaram.
Vamos buscar um bom exemplo na vida das empresas. Quando perguntado quais os fatores que motivam as empresas a mudar, o professor John Kotler, da Universidade de Harvard respondeu: “Infelizmente, a razão mais frequente é sentir forçado a fazer isso após algo ruim acontecer. É bem menos comum ter pessoas capazes de identificar problemas e oportunidades e darem início a processo de mudança antes de precisarem fazer isso”.
Uma tradução livre desta visão seria que “as coisas somente mudam quando a vaca foi para o brejo”. E Ribeirão Preto foi para o brejo. As praças que o digam!
Vale aqui a velha e sábia recomendação: “o preço da democracia é a eterna vigilância”.
Com um dos orçamentos mais robustos do País, a cidade paga um preço alto por termos tido políticas erradas no passado, atendendo demasiadamente demandas corporativistas que deterioraram as contas públicas.
As entidades tem feito sua parte, com sugestões substantivas tanto ao Executivo como ao Legislativo.
A capacidade financeira do município precisa ser restaurada. Esperamos que a lucidez vença o atraso!