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Uma cidade de muitos adjetivos

Terra do café. Este foi o primeiro adjetivo acrescentado ao nome da nossa cidade. Desde o final do século XIX ao começo do XX, nossa terra fértil foi vestida com um exército de milhares de pés de café por fazendeiros pioneiros, que abandonaram o solo de outras regiões para concentrarem aqui seu conhecimento e seu capital.

Ribeirão Preto tornou-se o maior centro produtor de café do mundo, seu nome levava a imagem do Brasil à Europa e fortunas foram feitas. A cidade atraía os moradores da região, que aqui buscavam escola, saúde, comércio. Foi o novo lar de centenas de imigrantes que abandonaram o velho mundo e a distante Ásia em busca de novas oportunidades. Assim, café era sinônimo de Ribeirão Preto e a cidade sinônimo da rubiácea.

Terra do café. Capital do Oeste. Como uma cidade localizada no nordeste do Estado de São Paulo pode ser assim chamada? A melhor explicação reside num equívoco geográfico. O café co­meçou sua caminhada no Brasil pelo Vale do Paraíba fluminense e paulista. Com o esgotamento das suas terras, os fazendeiros começaram a migrar para a região de Campinas, a oeste do vale.

Por extensão, todo o interior do estado passou a ser conside­rado o oeste paulista. Durante este período, embora o café tenha perdido sua expressão econômica, a cidade continuava centro comercial, de ensino e de cuidados médicos. A cana iniciava seu reinado, a USP inaugurava aqui seu primeiro campus fora de São Paulo, outras escolas surgiram e um comércio forte e variado sustenta a cidade. Capital do Oeste.

Capital do Chopp. Nos anos 1910 começa a produção de cerveja em nossa cidade. Dizem que as cervejarias para aqui vieram em busca da excelente água do Aquífero Guarani, numa época em que isto era um grande diferencial. Hoje, técnicas químicas modernas aprimoram o líquido. Estimulado pelo calor da cidade, o chopp passa a ser tomado em abundância. Surge o Pinguim, que até hoje atrai visitantes de todo o país, seguido de inúmeros bares que acolhem principalmente a grande população universitária da cidade. Capital do Chopp.

Capital do Agronegócio Brasileiro. Atualmente, Ribeirão Pre­to é uma região de crescimento autônomo, ponto de dinamismo e progresso. Suas férteis terras roxas são usadas com alta tecnolo­gia. A metrópole sedia as duas mais importantes feiras agrícolas da América Latina, a Agrishow e a Fenasucro – que acontece em Sertãozinho, mas que movimenta Ribeirão Preto. Suas usinas, aprimoradas por tecnologia de ponta, garantem a liderança na produção de açúcar e etanol, permitindo que se iniciasse a pro­dução pioneira de motores flex. Ao lado da cana, outros produ­tos agrícolas, como laranja e algodão garantem a variedade da produção agrícola. Várias startups dedicam à pesquisa de novas técnicas e novas soluções, principalmente no ramo agropecuário. Capital do Agronegócio Brasileiro.

São denominações que orgulham os ribeirão-pretanos de nascença e adoção, que ajudam a divulgar seus méritos. É muito bom viver nesta cidade espraiada num buraco de um vulcão pré­-histórico, com suas colinas que vão se enchendo de moradias. Sua terra roxa e o sol brilhando a maior parte do ano garantem nosso futuro. Temos batalhado para aprimorar a cidade a cada geração.

Mas, não podemos esconder as mazelas de nossa urbe. As favelas, onde as pessoas vivem em condições sub-humanas. Os moradores de rua. Os meninos pedintes no sinal. Os que não têm assistência médica decente, nem acesso às escolas e creches. Os desempregados.T odos formam um lado sombria da cidade onde moramos.

O que cada um de nós tem feito para modificar esta situação?

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