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Um novo parque para anunciar a Primavera

Maurílio e Nogueira entre os descendentes da família Cury, que doaram a área onde hoje é a Ribeirania, desde o campo do Botafogo até Unaerp e paróquia sta. Terezinha doutora

Na manhã de 21 de setembro, Dia da Árvore, em meio a uma das maiores estiagens da história de Ribeirão Preto, uma chuva generosa caiu na madrugada somente na região onde foi inaugurado pouco depois o Parque Primavera Vera Lúcia de Amorim Biagi. Esse fenômeno, que só pode ser divino, anunciou a entrada da estação que dá nome ao local. Autoridades, familiares, amigos e vizinhos da homenageada participaram da solenidade ao ar livre. Logo após os discursos, o prefeito Duarte Nogueira e Maurilio Biagi Filho, marido de Vera e grande incentivador do projeto, descerraram a placa inaugural e realizaram o plantio simbólico de uma árvore.

E por que a homenagem? Há 45 anos, Vera mudou-se com sua família para o bairro Ribeirânia em frente a uma área pública com uma vegetação sem cuidado e algumas pedras, que ainda permanecem por lá. Apaixonada pela natureza, idealizou e comandou uma transformação no espaço e em seu entorno com o plantio de árvores de várias espécies, assim como fez em diversas outras localidades do município.

Não satisfeita, comentou com família, amigos e principalmente com o marido da vontade de fazer daquele local um parque em que as pessoas pudessem viver momentos de lazer, fazer exercícios físicos, caminhadas, passeios de bicicleta, contemplando a beleza e a tranquilidade do ambiente, com segurança.

Assim, a semente do parque foi plantada. A partir daí, Vera foi atrás da elaboração do projeto paisagístico e de infraestrutura do espaço e dos trâmites burocráticos para a aprovação de ambos, contando prontamente com a importante parceria do arquiteto e urbanista Sílvio Contart e sua esposa Fanny. Nessa empreitada, que durou vários anos, também contou com diversos outros parceiros, com a Prefeitura e com a atuação incansável da Associação dos Moradores do Alto da Ribeirânia (AMAR).

A área total do parque é de 34.672,39 metros quadrados e abrange parte da avenida Leao XIII, o final da rua Antonio Darahem, a rua Angelo Zanelo e rua Professor Jose Loureiro Junior, onde fica o portão de entrada, no numero 501, com as primaveras plantadas a pedido de Vera, que faleceu em setembro de 2022, sem ver seu sonho sair do papel.

Outras plantas nativas e até frutiferas formam um belo cinturão verde em toda a extensão do parque e seu entorno: ipê roxo, amarelo, rosa, jacarandá mimoso, paineira, pimenta rosa, pau-brasil, pinheiros, abacateiro, bananeira e até uma Pachira Aquatica, também conhecida por munguba e cacau falso.  Se a árvore é símbolo da vida, Vera se faz presente por meio delas e, com seu exemplo, nos mostra a importância de fortalecer nossas raízes antes de distribuir nossos galhos em direção ao céu.

 

 

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