A Serasa, em parceria com a Blend New Reserch, acaba de divulgar um estudo sobre o perfil do endividamento dos brasileiros neste ano e concluiu que, com a pandemia e a alta taxa de desemprego, o consumidor passou a se endividar para manter despesas básicas como mantimentos e contas de luz, água e aluguel.
O levantamento mostra também que o auxílio emergencial está sendo utilizado por 64% dos usuários para as despesas domésticas. Outro fator que corrobora com essa descoberta é que mesmo com o período de lockdown no país, o que diminuiu e limitou as opções de gastos, o cartão de crédito ainda liderou o ranking de dívidas, um indicativo de que o recurso tenha possivelmente sido utilizado para compras essenciais.
Mesmo o desemprego tendo ficado estável como maior motivo de endividamento quando comparado ao ano anterior, a suspensão ou alteração do contrato de trabalho afetou a capacidade financeira da população. “Quando a renda do brasileiro é cortada, seja em partes ou por completo, o cartão de crédito é o primeiro recurso para manter compras cotidianas, mesmo que isso possa se tornar uma dívida futuramente”, afirma gerente de marketing da Serasa, Matheus Moura.
Outro fator relevante é que, apesar do país estar no meio de uma pandemia, em 2020, o endividamento com gastos de saúde não está entre os mais citados como motivo de endividamento, diferentemente de 2018 e 2019.
A pesquisa também aponta que oportunidades de limpar o nome, ficar livre das dívidas e voltar a ter crédito no mercado são o que interessa para o consumidor. Tendo como maiores motivos para renegociar uma dívida ter o “nome limpo” (54%) e se deparar com uma ótima oferta para quitar o débito (24%), a Serasa tem investido em ações que apoiem o consumidor nessa jornada como o Feirão Serasa Limpa Nome, que tem ofertas agressivas com mais de 50 empresas de diversos setores que chegam a 99% de desconto.
O 26º Feirão Serasa Limpa Nome acontece até esta segunda-feira, dia 21 de dezembro, em todas as plataformas oficiais da empresa disponibilizando mais de 64 milhões de débitos com ofertas diferenciadas. Desde o início dessa edição, já foram mais de R$ 4 milhões de dívidas negociadas.
Ribeirão deverá movimentar R$ 30 milhões
Apesar da crise, levantamento feito pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviço e Turismo (CNC), o comércio de Ribeirão Preto deve movimentar R$ 30 milhões com as compras de Natal. O balanço estima que 280 mil ribeirão-pretanos poderão ir às compras, gastando R$ 100 em média. No Brasil, de acordo com a CNC, as vendas natalinas devem girar R$ 34 bilhões, um crescimento de 4,3% em relação ao mesmo período do ano passado.
O comércio de Ribeirão Preto deve se beneficiar, principalmente, pelas vendas de roupas, sapatos, utensílios domésticos, além de brinquedos e aparelhos eletrônicos. O presidente Sindicato do Comércio Varejista de Ribeirão Preto (Sincovarp), Paulo César Lopes tem reafirmado seu otimismo em relação às vendas de Natal. Para ele, existe um longo caminho a percorrer já que muitas pessoas perderam o emprego. “Porém percebemos nos últimos quatro meses, que a curva se inverteu, e o consumo tem aumentado de forma gradativa, o que mostra que a retomada econômica já começou”, tem afirmado em entrevistas.
Seis em cada dez consumidores vão comprar presentes
Mais da metade dos brasileiros das classes C e D (58%) vão comprar presentes de Natal este ano. É o que indica pesquisa realizada pela Superdigital, fintech do Grupo Santander com foco em inclusão financeira, realizada com 1.045 pessoas, de todas as regiões do País, entre os dias 4 e 5 de dezembro deste ano.
Das pessoas que deverão consumir, 23% disseram que devem gastar entre R$ 100,00 e R$ 300,00, enquanto que 7% apontaram compras acima de R$ 500,00.
A pesquisa também mostrou que 53% dos brasileiros dessas classes sociais pretendem usar o 13° salário para quitar dívidas atrasadas. Os demais entrevistados vão poupar o dinheiro (27%), farão compras de Natal (14%) e vão viajar (3%). Apenas 2% já utilizou o salário na Black Friday.
O levantamento da Superdigital deixa claro que para as classes C e D não será um final de ano de viagens, já que 18% confirmaram que farão passeios nacionais e internacionais.
No entanto, quando perguntados se esse ano foi melhor que ano passado financeiramente, 45% disseram que foi pior contra 36%, que afirmaram melhor.
A pesquisa também avaliou o grau de otimismo dos brasileiros com relação ao ano que vem. Dos que responderam, 76% acham que será melhor sobre 2020, contra 9%, que afirmaram que será pior. Contudo, quando a confiança está relacionada ao emprego, os números mudam um pouco. A maioria (40%) disse que será igual, enquanto que 36% acham que será pior.
De acordo com Luciana Godoy, CEO da Superdigital no Brasil, os números refletem um ano complicado para a economia e para a confiança dos consumidores. “Desde o início da pandemia, percebemos que as pessoas adotaram uma postura mais conservadora, o que se confirma com o retorno da pesquisa, que aponta que a maioria pretende utilizar o 13° salário para pagar dívidas”.
Iniciar o novo ano com mais segurança é muito importante para população. Em contrapartida, percebemos que há uma percepção muito clara nos consumidores das classes C e D que 2021 será um ano melhor. “As pessoas começam a acreditar que as coisas estão voltando ao normal. Em paralelo, toda essa percepção pode mudar caso os casos de covid-19 aumentem muito e a vacina demore a chegar, obrigando a um novo fechamento da economia. Ou seja, ainda é necessária muita cautela na análise dos números”, aponta a executiva.