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Um fundo de campanha totalmente injusto…

O Brasil padece de dois graves problemas: a violência, infelizmente generalizada, e a corrupção, lamentavelmente enraizada em amplos setores da vida nacional. Ela chega a tal ponto que um vereador do Rio de Janeiro e o diretor geral do Instituto Carlos Éboli foram presos acusados, veja-se o absurdo, de cobrar propina para liberar cadáveres do Instituto Médico Legal. A que ponto chegamos!.

Ainda nesse item corrupção, outra evidência negativa: a Odebrecht, uma grande empresa nacional, prometeu, como resultado das investigações feitas na Operação Lava Jato, devolver de livre vontade seis bilhões e oitocentos milhões de reais para o Poder Público Federal. Ela reco­nheceu, assim, a corrupção praticada e decidiu – embora ainda continue tocando obras no Brasil – devolver ao governo federal R$ 6,8 bilhões.

Outro caso notório: Joesley Batista, do Grupo JBS, em sua delação premiada, disse ter superado em 1.800 o número dos políticos agraciados pela empresa dele com propinas! Agora teremos eleições neste ano, em todo o Brasil. O Fundo Especial de Financiamento de Campanha eleitoral – dinhei­ro dos impostos a ser dado aos candidatos, aos políticos – é da ordem de R$ 1,7 bilhão! Dinheiro de impostos, portanto, transformado, pelo governo, em Fundo Especial de Financia­mento de Campanha. Os partidos receberão assim, no total, um bilhão e setecentos milhões de reais.

Um fundo, a meu ver, embora legal, injusto porque se transformou numa fonte de corrupção de vários partidos, verdadeiro meio de vida para muitos de seus dirigentes e vários candidatos. Daí a importância de bem escolhermos nossos representantes para todos os níveis de governo; goste­mos ou não da política, ela manda em todos nós. O destino do nosso país está nas mãos dos políticos.

Aliás, segundo o Fórum Econômico Mundial, o Brasil ocupa o último lugar do mundo em confiança nos políti­cos. Um exemplo claro disto ocorreu, ainda recentemente, numa eleição suplementar para governador de Tocantins: metade dos eleitores – tal o desencanto – sequer compare­ceu para votar.

Diante desse quadro, cabe a indagação: o que estamos fazendo para mudar essa realidade? Acredito na existência, na política, de pessoas honestas e idealistas, capazes de ajudar a mudar essa situação no Brasil. Os bons devem, portanto, se unirem em torno dos bons candidatos, estejam eles nos parti­dos que estiverem, pois em todos eles há, não canso de frisar, gente boa e gente que não presta.

O voto é uma arma muito importante – essencial mesmo ao aprimoramento democrático – e não pode, de forma algu­ma, ser desperdiçado! A oportunidade de mudança, portanto, está nas mãos do eleitor! Cabe-lhe, assim, a responsabilidade suprema de definir a quem, através do exercício soberano de sua vontade, entregá-lo no próximo dia 7 de outubro…

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