Tribuna Ribeirão
Economia

Ultragaz cria ‘vale’ para congelar preço do GLP

© Reuters/Caetano Barreira/direitos reservados

A Ultragaz, do Grupo Ultra, lançou o cartão Vale Gás que permite aos consumidores de botijão de 13 quilos de gás lique­feito de petróleo (GLP), popu­larmente conhecido como gás de cozinha, comprar o produto com cartão de crédito, inclusive em parcelas, e também de forma programada, em períodos em que o gás está mais barato.

O GLP é um dos deriva­dos de petróleo produzidos pela Petrobras afetado pela alta do dólar frente ao real e pela valorização do petróleo no mercado internacional. Mesmo no primeiro semestre de 2020, quando a covid-19 fez um es­trago no consumo de combus­tíveis, o gás de cozinha foi o único a ter aumento de vendas.

Na época, os consumidores correram para estocar botijões com medo de faltar produto no mercado. Além de ser mui­to consumido, o gás de cozi­nha tem forte apelo social e, em 2021, deu uma importan­te contribuição para a alta da inflação. Atualmente, o vasi­lhame de 13 quilos está sendo vendido, em média, a R$ 102, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Bio­combustíveis (ANP).

De olho nesse cenário de fragilidade econômica, a Ultra­gaz formou parceria com a epay Brasil e com a rede de supermer­cados Assaí para facilitar a com­pra do botijão. A ideia é que o consumidor adquira o Vale Gás numa loja Assaí e, num período de seis meses, troque o cartão por gás pelo preço do dia da compra do cartão, ainda que ele esteja custando mais caro quan­do o produto for adquirido.

A entrega é feita por um revendedor varejista de GLP contactado por Whatsapp. “Isso contribui para que (os consu­midores) possam economizar, podendo programar a compra do gás com antecedência”, diz Anderson Araujo, Gerente de Produtos e Serviços Financeiros do Assaí Atacadista.

Com expectativa de venda de 600 mil unidades por ano, o lançamento do cartão co­meçará em 152 lojas da rede de hipermercados. A Ultragaz atende mais de onze milhões de famílias e 60 mil empresas em 22 Estados e no Distrito Federal.

Segundo levantamento se­manal da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis, realizado entre 16 e 22 de janeiro, o botijão de 13 quilos do gás de cozinha (GLP-13) vendido em Ribeirão Preto custa, em média, R$ 106,22 (mínimo de R$ 98 e máximo de R$ 114). É um dos maiores valores desde o início da série histórica. Há locais na cidade onde o produto custa R$ 115 com a taxa de entrega. Em outros sai por R$ 105 para com­pra na porta de casa.

O valor atual do gás de co­zinha é R$ 2,22 superior aos R$ 104 cobrados até dia 15 de janei­ro (piso de R$ 98 e teto de R$ 110), alta de 2,1%. As 24 distri­buidoras de gás da cidade ven­dem, em média, 3.300 unidades por dia para os comerciantes.

Porém, o gás de Ribeirão Preto está 7,3% abaixo dos R$ 114,63 cobrados em Itapeva (mínimo de R$ 114 e máximo de R$ 115,50), o produto mais caro do estado. São R$ 8,41 de diferença. Em comparação com o de Cosmópolis – R$ 86,99 (piso de R$ 84,99 e teto de R$ 94,99), o mais barato das cidades paulistas –, o ribeirão­-pretano custa R$ 19,23 a mais, variação de 22,1%.

O último reajuste anuncia­do pela Petrobras ocorreu em 9 de outubro do ano passado. O quilo do GLP subiu R$ 0,26. Com isso, o botijão de 13 quilos passou a sair das refinarias da es­tatal custando R$ 50,15 para as distribuidoras. O valor médio de revenda passou de R$ 3,60 para R$ 3,86 por quilo. O produto não era reajustado havia 95 dias. Foi a oitava alta do ano.

Segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Am­plo (IPCA) – indexador oficial de preços no país – de dezem­bro, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Esta­tística (IBGE), o preço do gás de cozinha fechou o ano passado com alta acumulada em 36,99%.

Já o produto encanado acu­mulou aumento de 28,49% em 2021. Em dezembro do ano passado, segundo o IBGE, o gás de botijão ficou 0,60% mais caro. Foi a 19ª alta consecutiva constatada pelos pesquisado­res do IBGE, acumulando um aumento de 48,73% desde ju­nho de 2020.

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