Tribuna Ribeirão
Política

Últimos 60 dias Pente-fino na gestão Temer

O presidente eleito Jair Bol­sonaro vai promover uma revi­são geral nos atos praticados pelo atual presidente, Michel Temer, e sua equipe, nos últimos dois meses do mandato. O objetivo é verificar se as medidas toma­das por Temer estão de acordo com compromissos do governo Bolsonaro. A ação consta como uma das prioritárias em um do­cumento divulgado ontem pelo gabinete de transição, assinado pelo futuro ministro da Casa Ci­vil, Onyx Lorenzoni.

“Nos primeiros dez dias, cada ministério deverá elen­car as políticas prioritárias dentro de sua área de atuação – incluindo a revisão de atos normativos legais ou infrale­gais publicados nos últimos 60 dias do mandato anterior, para avaliação de aderência aos compromissos da nova gestão”, diz trecho do plano intitulado “Agenda de Governo e Gover­nança Pública”, distribuído aos futuros ministros em reunião

A agenda estabelece uma série de reuniões com minis­tros e o presidente eleito nos primeiros 100 dias do governo Bolsonaro. Haverá uma reu­nião semanal do “Conselho de Governo” todas as terças-feiras, às 10h, no Palácio do Planalto. O evento de apresentação do balanço dos atos nos 100 dias de governo foi agendado para 10 de abril de 2019.

O documento também de­termina que os futuros minis­tros avaliem todos os contratos de manutenção das respectivas pastas, com vistas à melhoria dos serviços e economia, mas não ordena cortes imediatos.

“Os ministérios possuem centenas de contratos em curso que precisam ser objeto de aten­ção dos novos titulares. A mé­dio prazo, deve ser desenvolvida estratégia de racionalização dos contratos existentes de modo a melhorar os serviços presta­dos tanto internamente quanto externamente. No curto prazo, entretanto, o gestor público pre­cisa estar atento aos prazos dos contratos em vigor de modo a evitar a interrupção de serviços e a contratação emergencial, bem como estar atento ao esco­po dos contratos anteriormente firmados para, tempestivamen­te, deliberar sobre a necessidade de ajustes e reestruturações”, es­tabelece plano.

O gabinete de transição também encomendou aos mi­nistros que encaminhem “lista de políticas públicas financia­das por subsídios da União que a pasta entende que necessitam ser avaliadas”.

Congresso
Cada ministério também deverá escolher uma política prioritária para ser tratada nos primeiros 100 dias e im­plementada ou encaminhada ao Legislativo.

Bolsonaro também vai re­ver a minuta da Mensagem Presidencial de 2019, elabo­rada pela equipe de Temer, e apresentada na abertura dos trabalhos do Congresso Na­cional, o que deverá ocorrer em 4 de fevereiro. O texto pre­cisará ser referendado pelos ministros de Bolsonaro.

“Além disso, o presidente Bolsonaro deve agregar o pla­no de governo, com foco para as ações em 2019. O trabalho de revisão e elaboração do plano de governo contendo o documento precisa ser con­cluído até o dia 20 de janeiro de 2019”, diz o documento.

O plano para os primeiros 100 dias de gestão também ex­plica uma série de regras sobre nepotismo, contratações e ce­rimonial aos futuros ministros. O texto pede atenção a medidas provisórias em vigor que podem caducar, emendas parlamenta­res afeitas a cada pasta, decisões do Tribunal de Contas da União a respeito de procedimentos de cada ministério.

Para reduzir a burocracia no processo administrativo, foi recomendado que os ministros façam um levantamento do número de conselhos e comitês que participam e verifiquem a possibilidade de extinção des­ses colegiados.

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