A Comissão Europeia anunciou que vai afrouxar as regras de financiamento voltadas para a instalação de novas fábricas de chips. A estratégia faz parte de um esforço do continente europeu de impulsionar a sua indústria de semicondutores, reduzindo a dependência de componentes fabricados em outros países.
A iniciativa, chamada de Lei Europeia dos Chips, direcionará 15 bilhões de euros para investimentos públicos e privados no setor até o ano de 2030, mais de R$ 90 bilhões na cotação atual.
Segundo a presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, o montante se somará a outros 30 bilhões de euros de investimentos públicos já planejados para o setor.
Apesar da notícia, os países menores do bloco europeu expressaram desconforto com as regras mais flexíveis, temendo o início de uma corrida comercial que pode favorecer apenas as empresas de países maiores e mais ricos, como França, Alemanha, Holanda e Itália, por exemplo.
O incentivo financeiro também ocorre ao passo em que a gigante Intel busca uma localização para uma nova mega fábrica de chips que será instalada em solo europeu.
“Estamos considerando um aumento significativo em nossa presença na Europa e esperamos que a ‘Lei de Chips’ da UE facilite esses planos”, disse a companhia norte-americana em comunicado.
Por fim, vale ressaltar que antes de se tornar lei, a iniciativa deve ser aprovada por todos os países da UE. A medida acompanha a mesma tendência vista recentemente nos EUA. O governo americano decidiu investir US$ 52 bilhões para aumentar a competitividade e também reduzir a dependência da China no setor de semicondutores.
A ação ocorre também para tentar mitigar a escassez global de chips, que segue impactando a indústria automotiva, de telecomunicações e diversos outros setores.
Via: Reuters Olhardigital