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Ucrânia – Mercenários tentam conquistar Bakhmut

ALEXANDER ERMOCHENKO/REUTERS

Depois de perder a cidade de Kherson para as forças da Ucrâ­nia em novembro, a Rússia bus­ca vitórias no campo de batalha e apertou a luta pela cidade de Bakhmut, considerada essencial para os objetivos de Moscou em ocupar todo o Donbas.

Mas em uma pequena cida­de vizinha, Soledar, o uso dos letais mercenários do Grupo Wagner – empresa privada de contratação militar que recrutou prisioneiros para suas fileiras – tem provocado um nível de de­vastação e mortes que afeta até as forças russas, segundo relatórios das forças ucranianas e da inteli­gência britânica.

“Está tudo completamente destruído. Quase não há mais vida”, disse o presidente ucrania­no Volodymyr Zelensky na se­gunda-feira, 9 de janeiro, sobre a cena em torno de Bakhmut e da cidade vizinha de Soledar, na província de Donetsk.

“Toda a terra perto de So­ledar está coberta de cadáveres dos ocupantes e cicatrizes dos ataques. É assim que a loucura se parece.” A pequena cidade de mineração de sal no leste da Ucrânia se tornou um ponto focal de combates ferozes nos últimos dias.

Muitos se perguntam como uma pequena cidade com uma população pré-guerra de 10.000 pessoas se tornou um foco tão grande. Em seu discurso no­turno, o presidente Zelensky questionou: “O que a Rússia queria ganhar lá?” Em Bakhmut, o Grupo Wagner tornou-se a principal força liderando a ofen­siva para a Rússia, e os combates tornaram-se mais sangrentos.

As forças russas e o Grupo Wagner provavelmente estão agora no controle da maior parte de Soledar após intensos combates nos últimos quatro dias, disse o Ministério da De­fesa do Reino Unido em sua atualização diária de inteligên­cia nesta terça-feira (10).

A captura da cidade, que fica a cerca de dez quilômetros ao norte da cidade de Bakhmut, provavelmente faz parte de “um esforço para envolver Bakhmut pelo norte e interromper as linhas de comunicação ucra­nianas”, disse a atualização. Ze­lensky disse que a luta em So­ledar foi “extremamente difícil” para as forças ucranianas.

Porém, garante que sua re­siliência “ganhou mais tempo e mais poder para a Ucrânia”. O líder ucraniano também disse que milhares de combatentes do lado da Rússia foram mor­tos lá. A vice-ministra da defe­sa da Ucrânia, Hanna Maliar, disse que a Rússia lançou um grande número de ataques na luta pela cidade.

Um porta-voz do grupo oriental do exército ucrania­no, Serhi Cherevati, disse em rede nacional que a artilharia russa atingiu Soledar 86 vezes no último dia. A situação era muito desafiadora. As táticas empregadas pelo Grupo Wag­ner resultaram em um grande número de baixas.

Nos últimos dias, repórteres do The New York Times incor­porados a uma equipe de drones ucranianos na linha de frente viram os corpos de combaten­tes russos espalhados em cam­po aberto na área ao redor de Bakhmut. A guerra vai comple­tar um ano em 24 de fevereiro.

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