A Ucrânia recusou nesta segunda-feira, 25 de abril, um acordo com a Rússia sobre a retirada de civis de uma usina siderúrgica na cidade de Mariupol, e pressionou para que a Organização das Nações Unidas (ONU) seja “iniciadora e garantidora” de tal acordo.
A Rússia afirmou mais cedo que iria abrir um corredor humanitário para que civis deixassem a enorme siderúrgica de Azovstal, onde estão abrigados com combatentes ucranianos sob ataque das forças russas. Um assessor do presidente Volodymyr Zelensky disse que as forças russas estavam atacando a usina pelo ar, e também com artilharia e tanques.
“É importante entender que um corredor humanitário se abre pelo acordo entre ambos os lados. Um corredor anunciado de maneira unilateral não oferece segurança, e não é, portanto, um corredor humanitário”, afirmou a vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereshchuk, no aplicativo de mensagens Telegram.
O presidente russo, Vladimir Putin, disse na semana passada que era desnecessário invadir a fábrica, onde os últimos defensores ucranianos de Mariupol estão sitiados após dois meses de cerco e bombardeios russos. A Ucrânia apelou à ONU.
Quer que a organização seja “iniciadora e garantidora do corredor humanitário de Azovstal para civis”, disse Vereshchuk. Ela disse que autoridades da ONU e do Comitê Internacional da Cruz Vermelha deveriam estar presentes quando qualquer corredor for estabelecido.
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, que está buscando uma trégua humanitária na Ucrânia, deve se reunir com Putin em Moscou na terça-feira (26), e com Zelensky em Kiev na próxima quinta-feira, 28 de abril.
O secretário de Estado americano Antony Blinken e o secretário de Defesa, Lloyd Austin, disseram nesta segunda-feira, após uma visita envolta em segredo a Kiev, que os EUA fornecerão mais de US$ 300 milhões em financiamento militar à Ucrânia.