O escritório de advocacia australiano Maurice Blackburn está movendo um processo representativo de classe contra a Uber, no qual defende os interesses de aproximadamente 6 mil taxistas que alegam que a maior empresa de carona privada do mundo opera na Austrália em caráter ilegal e vem causando danos financeiros à categoria.
O processo abrange aproximadamente quatro estados do país: “Esse será um caso marcante no que tange as operações ilegais da Uber na Austrália e seu impacto devastador das vidas de nossos cidadãos trabalhadores dedicados e obedientes às nossas leis”, disse Andrew Watson, chefe da área de ações de classe do escritório.
Os advogados alegam que a Uber está ciente de seu status ilegal no país, pois, segundo eles, “[a empresa] adotou uma política de operação em todo e qualquer mercado onde os reguladores tacitamente a aprovaram por terem falhado em tomar ações mais diretas de reforço à lei”.
O assunto chega à mesa de direção da Uber justamente em um momento de bastante agitação da empresa, que está tentando abrir capital para listagem na Bolsa de Nova York. O IPO teve ofertas de valorização totalizadas em US$ 91,5 bilhões, aproximadamente — um montante abaixo das expectativas da empresa, que contava superar a marca de US$ 100 bilhões.
Como de praxe, devido à sua política de não comentar assuntos litigiosos em curso, a Uber não se manifestou sobre o caso na Austrália.