Tribuna Ribeirão
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Twitter inicia remoção de material extremista

Os representantes da rede social Twitter recuaram do discurso de liberdade de ex­pressão irrestrita e começa­ram a remover conteúdos extremistas denunciados pelo Ministério da Justiça no âm­bito da Operação Escola Se­gura, que investiga organi­zações criminosas e grupos responsáveis pelo estímulo a atentados a escolas.

A pasta, chefiada pelo mi­nistro Flávio Dino (PSB), já identificou a remoção de ao menos 100 conteúdos denun­ciados. Assessora especial e futura secretária de Direitos Digitais do Ministério, a ad­vogada Estela Aranha dis­se que o Twitter deu início à remoção dos conteúdos na quinta-feira, 13 de abril.

“Estamos checando, mas, de modo geral, (o Twitter) está atendendo e nos ofere­ceu um canal especial em caso de alguma falha pontual ou urgência”, afirmou Estela. No início da semana, os re­presentantes da rede social se reuniram com autoridades do governo e causaram mal-estar ao defender a manutenção de conteúdos extremistas.

Uma advogada do Twitter disse à equipe de Dino que um perfil com fotos de as­sassinos envolvidos em mas­sacres em escolas não fere a política de uso da rede. A representante da plataforma ainda teria argumentado que o caso em análise pelo Minis­tério da Justiça não se tratava de apologia ao crime. Asses­sores da pasta já classificam o episódio como “bizarro”.

A plataforma foi compra­da pelo bilionário Elon Musk em outubro do ano passado e tem sido alvo de críticas pe­las mudanças nas regras de moderação de conteúdo, que se tornaram cada vez mais permissivas em relação a pu­blicações extremistas desde a troca de comando na direção da companhia. Dino se reuniu com as principais plataformas digitais no país.

Pediu que redobrem o monitoramento de conteúdo extremista e hostil em seus domínios. A iniciativa surgiu após o segundo atentado em escolas em duas semanas. O Ministério da Justiça criou um canal para recebimento de informações sobre ameaças e ataques contra escolas. Por meio da plataforma, que já está ativa, as denúncias podem ser feitas por qualquer pessoa de forma anônima, e as informa­ções são mantidas sob sigilo.

Ofertado em parceria com a organização não gover­namental SaferNet Brasil, o canal pode ser acessado em www.gov.br/mj/pt-br/escola­segura. É possível denunciar publicações em redes sociais e fóruns, sites, blogs, perfis e outros conteúdos suspeitos. Para as denúncias, é preciso preencher um formulário que não exige identificação.

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