Entre as novidades que chegam à TV Cultura está a clássica série “A Feiticeira”, que começa a ser apresentada nesta quarta-feira, 1º de abril, às 19h45. A produção americana teve ao todo oito temporadas, que foram exibidas entre 1964 e 1972, chegando aqui em 1965 e passando por várias emissoras de televisão.
Para o povo dessa época, que acompanhou o seriado, será um momento de matar saudade; para os que nem ouviram falar dela, será o momento de apreciar uma divertida história. Nela, acompanhamos o dia a dia do casal Samantha (Elizabeth Montgomery, 1933-1995), que promete levar a vida de uma típica dona de casa suburbana americana, e James Stephens – Dick York (1928-1992), entre 1964 e 1969, e depois Dick Sargent (1930-1994), de 1969 a 1972.
Ela é uma feiticeira, pessoa do bem com certeza, ele, um jovem publicitário que não gosta nada dos poderes de sua mulher. Apesar dos pedidos do marido, Samantha sempre acaba usando seus poderes, o que acontece quando ela toca seu nariz com o dedo. Claro que a vida dos dois é sempre abalada por alguma situação que precise ser controlada por meio de um feitiço.
Geralmente quem dá uma forcinha para as coisas se complicarem é Endora (Agnes Moorehead, 1900-1974), a mãe de Samantha, que não gosta nenhum pouco de a filha ter se casado com um mero mortal. São várias as cenas engraçadas, como também os personagens mais esquisitos que surgem, como a curiosa vizinha Gladys Kravitz (Sandra Gould, 1916-1999). A senhorinha está sempre de olho na casa da feiticeira, tem certeza que há algo estranho ali, mas nunca consegue provar para os outros o que diz ter visto – nem mesmo seu marido acredita nela.
Uma deliciosa série, que também pode ser vista na Rede Brasil, canal fechado. E, na TV Cultura, será sempre a atração das quartas-feiras. Um seriado para divertir o público que está e deve continuar em isolamento social. “Bewitched” (nome original) foi criada por Sol Saks. Com grande popularidade nos Estados Unidos, a série se tornou a segunda atração mais vista no país em seu ano de estreia e a mais longa série televisiva com temática sobrenatural durante os anos 60 e 70.
Ao longo de suas oito temporadas, a série foi indicada aos prêmios mais respeitados da TV. Entre eles quatro Globos de Ouro e 22 Prêmios Emmy, sendo que o momento mais memorável foi quando Marion Lorne (1883-1968) ganhou o prêmio de melhor atriz coadjuvante em comédia pela performance de Tia Clara. Lorne faleceu dez dias antes da cerimônia e Elizabeth Montgomery recebeu o prêmio em nome dela.
O casal Stephens tem dois filhos, a esperta bruxinha Tabatha (Erin Murphy e Diane Murphy), que segue os passos da mãe na magia e Adam (David Lawrence e Greg Lawrence), o filho mortal. A vida do casal é compartilhada com outros personagens encantadores, como a Tia Clara, a esquecida babá das crianças, Esmeralda (Alice Ghostley, 1923-2007), o marido de Gladys Kravitz, Abner Kravitz (George Tobias, 1901-1980), Serena, a prima biruta de Samantha (Elizabeth Montgomery), Larry Tate (David White, 1916-1990), o chefe de poucos escrúpulos de James, e Arthur (Paul Lynde, 1926-1982), o tio palhaço de Samantha.
Em 2005, a diretora Nora Ephron lançou uma versão para o cinema com algumas mudanças e adaptações – os nomes dos personagens, por exemplo, foram alterados. Ono elenco estão Nicole Kidman (Isabel, que na série era Samantha), Will Ferrell (Jack Wyatt, sucessor de James), Shirley MacLaine (Iris Smythson/ Endora), Michael Kane (Nigel Bigelow) e Steve Carell (Tio Arthur), entre outros.
No filme, Jack Wyatt é um ator que deseja resgatar sua carreira, se dedica integralmente à nova versão da clássica série de TV “A Feiticeira”, exibida nos anos 60, na qual interpretará o personagem Darrin. Por acaso Jack conhece Isabel, por quem sente uma atração imediata. Convencido de que Isabel poderia interpretar a personagem Samantha na série, Jack a convence a se tornar atriz. Por sua vez, Isabel vê em Jack a chance de levar uma vida normal, sem precisar usar seus poderes, e por isso aceita o papel.