Três dos dez ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) responsável pelo julgamento da advogada de Ribeirão Preto, Nara Faustino de Menezes, já votaram pela condenação da acusada. São eles o relator do processo, o ministro Alexandre de Moraes, e os ministros Cristiano Zanin e Edson Fachin. Outros sete ministros ainda vão votar no julgamento feito no plenário virtual e que deverá terminar nesta terça-feira, 20 de fevereiro.
A advogada é acusada de participação nos atos golpistas de 8 de janeiro do ano passado, em Brasília. De acordo com o voto de Alexandre de Moraes, Nara Faustino deve ser condenada a 17 anos de prisão, além do pagamento de indenização – solidária – por danos morais coletivos no valor de R$ 30 milhões.
Já Cristiano Zanin e Edson Fachin, apesar de concordarem com a condenação, pedem que a pena seja de 15 anos, sendo 13 anos seis meses de reclusão e um ano e seis meses de detenção, além de 45 dias-multa, calculados à razão de 1/30 (um trigésimo) do salário-mínimo vigente à época do fato.
No depoimento realizado, após a prisão, em janeiro do ano passado, Nara Faustino negou ter participado da depredação dos prédios públicos. Atualmente, a advogada responde o processo em liberdade.
O Supremo Tribunal Federal também já marcou o julgamento do ribeirão-pretano, Barquet Miguel Júnior, preso nos atos golpistas em Brasília, em 8 de janeiro do ano passado. O julgamento será realizado no plenário virtual entre o dia 23 de fevereiro e 1º de março.
Barquet é acusado pela Procuradoria-Geral da República pela prática dos crimes de associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e dano qualificado contra o patrimônio tombado da União.
Em depoimento realizado no ano passado, Barquet negou participação das ações de depredação das sedes dos Três Poderes. Atualmente ele responde ao processo em liberdade.