Treinamentos específicos, conhecimento do grupo e muita conversa. Foi esse o tripé usado pelo técnico interino Elano para fazer o Santos resgatar o bom futebol, visto na vitória de sábado sobre o Atlético-MG por 3 a 1, na Vila Belmiro.
Com 100% de aproveitamento em três jogos no comando do Alvinegro no Brasileirão (além do triunfo sobre o Galo, ele dirigiu o time nas vitórias contra Botafogo e Atlético-PR, após a queda de Dorival Júnior), o ex-jogador foi polido ao falar sobre o trabalho dos ex-técnicos do clube este ano.
“É muito difícil falar de ex-treinador, porque tudo o que a gente fala parece que é contra o que foi feito. Foram bons trabalhos, mas tenho o meu perfil. Trabalhar com Dorival e com Levir me deu uma certa bagagem pra eu estar nesse momento”, disse Elano após o jogo.
Apesar do respeito aos ex-comandantes santistas, Elano frisou que a boa atuação do time contra o Galo foi fruto dos treinos intensivos da semana. Exatamente um dos pontos em que Levir Culpi, adepto dos rachões, era muito criticado.
“Eu tive uma semana inteira bem legal de trabalho, isso ajudou bastante. Tudo o que nós treinamos foi executado dentro do jogo”, avaliou Elano, que em diversos momentos da entrevista enfatizou o mérito dos jogadores pela vitória.
Empatia – A proximidade de Elano com o elenco também foi outro trunfo do interino para fazer o Santos voltar e jogar como nas temporadas de 2015/16, quando o time ficou marcado pela técnica, ofensividade e aplicação dos jogadores em campo.
“Facilita (o trabalho) pelo relacionamento de amizade, há três anos eu estava jogando com eles. O Ricardo Oliveira eu conheço há 15 anos, o Renato, ontem (sexta-feira) ficamos até duas da manhã no refeitório vendo NBA (liga norte-americana de basquete), contando piada, história. Esse é o ambiente, quero trabalhar, mas quero ser amigo”.
Sobre as chances de a equipe ser campeã brasileira, Elano disse que isso independia do resultado de ontem, entre Corinthians e Palmeiras. “Temos um foco e um objetivo, o campeonato está aberto. O mais importante é fazer o nosso trabalho, não adianta a gente olhar pra frente sem fazer o nosso. A entrega tem que ser como foi hoje (sábado)”