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Trânsito – RP registra 14 mortes em junho

ALFREDO RISK

O número de óbitos re­gistrados na malha viária de Ribeirão Preto – tem 1,6 mil quilômetros de ruas, avenidas, travessas e alamedas pavimen­tadas – cresceu 6,8% no pri­meiro semestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2017, de 44 para 47, três a mais, segundo o Mo­vimento Paulista de Seguran­ça no Trânsito (Infosiga-SP). A cidade registra quase oito mortes por mês, uma a cada quatro dias, em média. O nú­mero de atropelamentos quase dobrou. Pedestres, motociclis­tas e ciclistas são as principais vítimas e representam 78,7% dos casos fatais (37).

Dentre as 47 vítimas, 34 eram homens (72,3%) e 13 mu­lheres (27,7%) – no mesmo perí­odo do ano passado foram 39 do sexo masculino (88,6%) e cinco do feminino (11,4%). Segundo o Movimento Paulista de Segu­rança no Trânsito (Infosiga-SP), o número de óbitos em junho deste ano mais que dobrou em relação ao mesmo mês de 2017, saltando de seis para 14, oito a mais, alta de 133,3%. Das 47 mortes constatadas em Ribeirão Preto no primeiro semestre, 13 foram por atropelamento, con­tra dez em seis meses de 2017, três a mais e aumento de 30%.

Motociclista morre na Via Norte: em seis meses, 24 morreram nas ruas e avenidas de Ribeirão Preto

As demais mortes ocorre­ram em choques (nove) e coli­sões (15) ou por outros motivos (dez). Entre 1º de janeiro e 30 de junho do ano passado, a princi­pal causa de óbitos foram as co­lisões (22) – cinco choques e sete acidentes provocados por outras razões. Em 2018, em seis me­ses, 24 motociclistas morreram nas ruas e avenidas de Ribeirão Preto, alta de 4,34% e um a me­nos em relação aos 23 óbitos do mesmo período de 2017. Re­presentam 51% do total. Foram doze mortes somente no mês passado, metade do total do ano, uma a cada dois dias e meio

A quantidade de pedestres mortos na malha viária de Ri­beirão Preto aumentou: pas­sou de nove para 13 em 2018, quatro a mais e alta de 44,4%. A média neste ano na cidade é de uma morte a cada 15 dias, aproximadamente. Representa 27,6% do total de óbitos. Os acidentes fatais envolvendo ciclistas caíram 40%, de cinco para três, dois a menos. A mé­dia atual é de uma morte a cada 60 dias. Representa 6,4% do to­tal. Neste ano foram 14 óbitos em junho, nove em maio, cinco em abril, seis em março, oito em fevereiro e cinco janeiro.

Ribeirão Preto fechou 2017 com mais mortes registradas em sua malha viária na compa­ração com o total de óbitos de 2016, segundo o Infosiga-SP. De 1º de janeiro a 31 de dezembro do ano passado, o trânsito na ci­dade fez 92 vítimas fatais (média mensal de quase oito), contra 82 de todo o exercício anterior (menos de sete por mês), dez a mais e alta de 12,2%.

O Infosiga.SP constatou cin­co mortes em dezembro do ano passado, seis a menos que os onze óbitos do mesmo mês de 2016, queda de 54,5%. Outubro foi um dos meses mais violen­tos na malha viária de Ribeirão Preto, com doze vítimas fatais em 2017, contra seis do mesmo período do ano anterior, alta de 100%, o dobro – seis óbitos mais.

No ano passado, em 81,5% dos casos as vítimas eram mo­tociclistas, ciclistas ou pedestres (75 no total) e apenas 18,5% es­tavam de carro, caminhão ou outro tipo de condução – 17 pessoas. Segundo os dados do Infosiga-SP, de 1º de janeiro a 31 de dezembro 44 motoquei­ros ou garupas morreram em Ribeirão Preto (47,8% do total de óbitos), 57,1% a mais que as 28 vítimas fatais de 2016, com 16 ocorrências a mais.

Oito ciclistas foram a óbito na cidade (8,7% do total), con­tra seis do ano anterior, alta de 33,3% e duas mortes a mais. Já o número de pedestres mortos nas vias ribeirão-pretanos sal­tou de 16 para 22 (representa 23,9% do total), aumento de 37,5% e seis a mais.

A cidade registrou 23 mor­tes por atropelamento – quatro somente em outubro, uma em novembro e uma em dezembro –, 25% do total, contra 22 do per´[iodo anterior, alta de 4,54% e uma a mais. Em 2016 inteiro, foram 26 mortes de motociclis­tas, 20 de pedestres e oito de ci­clistas (65,8% do total) – Ribei­rão Preto fechou com 82 óbitos (quase sete opor mês), segundo o Infosiga-SP, um a menos que os 83 de 2015 (idem). A estatísti­ca do movimento inclui os casos de falecimento que ocorreram posteriormente ao acidente, em hospitais, por exemplo.

O mês com maior número de mortes no trânsito de Ribei­rão Preto foi julho, com 15 óbi­tos, seguido de outubro (doze), maio (11), janeiro (oito), se­tembro, fevereiro e março (sete cada), junho (seis), dezembro, agosto e abril (cinco cada) e no­vembro (quatro) – em dezem­bro de 2016 foram onze mortes. A maioria das vítimas tinha en­tre 18 e 50 anos.

Segundo o balanço da Se­cretaria de Estado da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), a quantidade de mortes no trânsito – homicídios culposos, quando não há a intenção de matar – caiu 35,3% nos cinco primeiros meses deste ano em comparação com o mesmo período de 2017. Baixou de 17 para onze, seis a menos. No ano passado inteiro a queda foi de 5,12%, de 39 ocorrências em 2016 para 37, duas a menos. O balanço da pasta só considera os óbitos constatados no local do acidente. A média mensal é semelhante, de pouco mais de três, um óbito a cada dez dias.

A SSP-SP constatou queda em 2016, de 18,75%, com nove ocorrências a menos. Foram 48 mortes em 2015 – 47 ho­micídios culposos por acidente (quando não há a intenção de matar) e um doloso (intencio­nal), média mensal de quatro, um óbito a cada sete dias e meio. Segundo dados do De­partamento Estadual de Trân­sito de São Paulo (Detran.SP) divulgados no site da Empresa de Trânsito e Transporte Ur­bano de Ribeirão Preto (Tran­serp), a frota da cidade é de 532.814 veículos.

Números do trânsito de RP

Mortes em seis meses de 2017…………………………………………………44
Mortes em seis meses de 2018…………………………………………………47
Homens…………………………………………………………………34 (ou 72,3%)
Mulheres………………………………………………………………..13 (ou 27,7%)
Mortes em junho de 2017………………………………………………………..06
Mortes em maio de 2018…………………………………………………………14
Mortes de motociclistas…………………………………………………………..24
Mortes de pedestres………………………………………………………………..13
Mortes de ciclistas………………………………………………………………….03
Outros motivos……………………………………………………………………….07
Mortes em 2017……………………………………………………………………..92
Fonte: Infosiga-SP

Acidentes consomem quase R$ 4 mi do SUS
Entre novembro de 2016 e o mesmo mês do ano passado, as internações hospitalares decorrentes de acidentes de trânsito consumiram R$ 3,95 milhões do Sistema Único de Saúde (SUS) em Ribeirão Preto. O custo médio por pessoa foi de R$ 2 mil, segundo dados da Fundação para Pesquisa e Desenvolvi­mento da Administração, Contabilidade e Economia (Fundace) divulgados no boletim Saúde do Centro de Pesquisa em Economia Regional (Ceper).

O boletim mostra também que homens e em especial os motociclistas são maioria entre os internados, representando 75% e 65% das vítimas, respectivamente. Pedestres e ciclistas respondem por 20% das internações sendo que a taxa média de óbitos foi de 1,8%. Os dados levantados pela Fundace mostram que os homens jovens são as principais vítimas: 29,5% dos internados estavam na faixa etária entre 20 e 29 anos e 22,26% entre 30 e 39. Pessoas entre 40 e 49 representaram apenas 14,45%.

Outros dados levantados pelo boletim apontam para o índice de mortalidade dos acidentes. Mais uma vez as principais vítimas são do sexo mas­culino. Das 594 mortes por acidente de trânsito catalogadas no Sistema de Informações sobe Mor­talidade (SIM) do Ministério da Saúde, entre 2011 e 2015, 80% eram do sexo masculino.

Entre 2011 e 2015 houve redução de 27% no número de óbitos que caíram de 124 no primeiro ano do levantamento para 90 em 2015. Houve uma queda pontual em 2015. Em 2014 foram 135 mor­tes e nos anos anteriores esse número variou entre 120 e 125. Não há dados de 2016 que poderiam confirmar uma tendência de redução.

Da mesma forma que no levantamento sobre internações, os motociclistas também são a maioria das vítimas fatais. Em 2013 o percentual de motociclistas sobre o total de vítimas chegou ao recorde de 43%. Em 2015, pedestres e ocupantes de automóveis trocaram de posição no ranking devido tanto à redução no número de mortes nos automóveis (de 27% para 11%) quanto à tendência de aumento nos acidentes fatais com pedestres de 2013 para 2014 e de 2014 para 2015.

Acidentes fatais com ciclistas também au­mentaram de 2012 para 2015 quando atingiram 11% do total. Motociclistas, pedestres e ciclistas representaram 76,6% das mortes em acidentes em 2015. Com relação à faixa etária, os dados de mortalidade reforçam os resultados do levanta­mento sobre internações hospitalares. A faixa mais atingida é a de 20 a 29 anos, que reúne 22,2% dos óbitos, seguida pela categoria de 30 a 39 anos, com 18,9% do total de mortes.

Número de acidentes é o menor em 10 anos
Mesmo com o aumento de 148% da frota de veículos em 20 anos – segundo levantamento do Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran.SP) o número de veículos na cidade saltou de 215.043 veículos em 1997 para 532.814 em dezembro do ano passado (aporte de 317.771 carros, motos, caminhões, vans e afins) –, Ribei­rão Preto registrou, em 2017, o menor número de acidentes de trânsito dos últimos dez anos.

Segundo levantamento divulgado pela Empre­sa de trânsito e Transporte Urbano (Transerp), o município reduziu os acidentes nas vias públicas municipais, excluindo rodovias.

Conforme o rela­tório, houve queda das ocorrências sem vítimas, atropelamentos e sinistros com vítimas não pe­destres. Na estatística, Ribeirão Preto contabilizou 10.639 acidentes em 2017 (cerca de 886 por mês e 29 por dia), redução de 9,72% em comparação com o período anterior, quando foram registrados 11.785 casos (média mensal de 982 e diária de 32), 1.146 a menos no ano passado.

Os atropelamentos registrados na cidade caíram 21,2%, de 254 (21 por mês) para 200) média mensal de 16), 54 a menos. Em relação aos acidentes sem vítimas, houve queda de 11,4%, de 8.183 ocorrências em 2016 (734 por mês e 24 por dia) para 7.801 (média mensal de 650 e diária de 21), 1.012 a menos em 2017. Os acidentes com vítimas não pedestres também diminuíram, de 2.718 em 2016 (cerca de 226 por mês e sete por dia) para 2.638 casos (média mensal e 220 e diária de sete), redução de 2,94%.

Quanto às vítimas fatais, em 2017 foram 51, mesma quantidade registrada em 2016. A Transerp informa que tem acompanhado as estatísticas de acidentes de trânsito no município de Ribeirão Preto e, desta forma, tem como meta a visão zero de acidentes, a partir do apoio ao Siga Conscien­te – programa do departamento de Educação de Trânsito da empresa, que possui diversas ações de orientação.

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