Ribeirão Preto fechou 2017 com mais mortes registradas em sua malha viária – que tem 1,5 mil quilômetros de ruas, avenidas, travessas e alamedas pavimentadas – na comparação com o total de óbitos de 2016, segundo o Movimento Paulista de Segurança no Trânsito (Infosiga-SP). De 1º de janeiro a 31 de dezembro do ano passado, o trânsito na cidade fez 92 vítimas fatais (média mensal de quase oito), contra 82 de todo o exercício anterior (menos de sete por mês), dez a mais e alta de 12,2%.
O Infosiga.SP constatou cinco mortes em dezembro do ano passado, seis a menos que os onze óbitos do mesmo mês de 2016, queda de 54,5%. Outubro foi um dos meses mais violentos na malha viária de Ribeirão Preto, com doze vítimas fatais em 2017, contra seis do mesmo período do ano anterior, alta de 100%, o dobro – seis óbitos mais.
No ano passado, em 81,5% dos casos as vítimas eram motociclistas, ciclistas ou pedestres (75 no total) e apenas 18,5% estavam de carro, caminhão ou outro tipo de condução – 17 pessoas. Segundo os dados do Infosiga-SP, de 1º de janeiro a 31 de dezembro 44 motoqueiros ou garupas morreram em Ribeirão Preto (47,8% do total de óbitos), 57,1% a mais que as 28 vítimas fatais de 2016, com 16 ocorrências a mais.
Oito ciclistas foram a óbito na cidade (8,7% do total), contra seis do ano anterior, alta de 33,3% e duas mortes a mais. Já o número de pedestres mortos nas vias ribeirão-pretanos saltou de 16 para 22 (representa 23,9% do total), aumento de 37,5% e seis a mais.
A cidade registrou 23 mortes por atropelamento – quatro somente em outubro, uma em novembro e uma em dezembro –, 25% do total, contra 22 do per´[iodo anterior, alta de 4,54% e uma a mais. Em 2016 inteiro, foram 26 mortes de motociclistas, 20 de pedestres e oito de ciclistas (65,8% do total) – Ribeirão Preto fechou com 82 óbitos (quase sete opor mês), segundo o Infosiga-SP, um a menos que os 83 de 2015 (idem). A estatística do movimento inclui os casos de falecimento que ocorreram posteriormente ao acidente, em hospitais, por exemplo.
O mês com maior número de mortes no trânsito de Ribeirão Preto foi julho, com 15 óbitos, seguido de outubro (doze), maio (11), janeiro (oito), setembro, fevereiro e março (sete cada), junho (seis), dezembro, agosto e abril (cinco cada) e novembro (quatro) – em dezembro de 2016 foram onze mortes. A maioria das vítimas tinha entre 18 e 50 anos.
Segundo o balanço da Secretaria de Estado da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), a quantidade de mortes no trânsito – homicídios culposos, quando não há a intenção de matar – caiu 5,12%, de 39 ocorrências em 2016 para 37 no ano passado, duas a menos. O balanço da pasta só considera os óbitos constatados no local do acidente. A média mensal é semelhante, de pouco mais de três, um óbito a cada dez dias.
A SSP-SP constatou queda em 2016, de 18,75%, com nove ocorrências a menos. Foram 48 mortes em 2015 – 47 homicídios culposos por acidente (quando não há a intenção de matar) e um doloso (intencional), média mensal de quatro, um óbito a cada sete dias e meio. Segundo dados do Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran.SP) divulgados no site da Empresa de Trânsito e Transporte Urbano de Ribeirão Preto (Transerp), a frota da cidade no primeiro semestre de 2017 era de 528.015 veículos.
Transerp – A Empresa de Trânsito e Transporte Urbano de Ribeirão Preto (Transerp) constatou que o número de mortes de motociclistas no trânsito da cidade aumentou entre janeiro e outubro do ano passado, tanto na comparação com o mesmo período de 2016, quanto nos doze meses anteriores.
Foram 28 óbitos em 2017, contra 26 do ano anterior inteiro, dois a mais e alta de 7,7%. Na comparação entre janeiro e outubro de dois exercícios, o crescimento foi de 40%, como oito vítimas a mais – 20 motoqueiros faleceram em dez meses de 2016. A quantidade de mortes no decamestre do ano passado é igual à de 2015 todo (28).
As mortes de motociclistas representam mais da metade (59,6%) dos 47 óbitos registrados na cidade em dez meses do ano passado. Ribeirão Preto fechou 2016 com 51 vítimas fatais – em 2015 foram 50. A Transerp contabiliza 2.700 acidentes envolvendo motos em 2017, média de 270 por mês. Em 2016 inteiro foram 3.502 (média mensal de 291) e, em 2015, outros 3.640 (303 a cada 30 dias).