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Transerp quer auditar bilhetagem em ônibus

ALFREDO RISK/ ARQUIVO TRIBUNA

A Empresa de Trânsito e Transporte Urbano de Ribei­rão Preto (Transerp) abriu licitação com o objetivo de contratar uma empresa de au­ditoria. O serviço tem por foco o sistema de bilhetagem ele­trônica do transporte coletivo, hoje sob a responsabilidade do Consórcio PróUrbano. Segun­do o edital – modalidade pre­gão presencial –, a companhia de tráfego que “exercer plena­mente suas atividades de ges­tão e fiscalização do sistema, garantindo que as informações relacionadas à bilhetagem ele­trônica apresentem confiabi­lidade e detalhes suficientes para permitir análises técnicas e financeiras por parte de seus analistas”.

Segundo a justificativa, “o sistema de bilhetagem eletrô­nica deve ser auditado para se verificar a sua integridade e, se for o caso, passar por um processo de evolução, garan­tindo a correção dos proble­mas e inclusão de ferramen­tas de auditoria continuada. As ferramentas de auditoria continuada possibilitam que todas as transações sejam va­lidadas e auditadas durante a sua execução e que sejam disponibilizadas simultanea­mente e à concessionária do serviço deverão ser realizadas as seguintes atividades no âm­bito dos serviços contratados”. A abertura das propostas será em 7 de fevereiro, quinta-feira da próxima semana.

Presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara, instalada para in­vestigar a prestação do serviço na cidade, o vereador Marcos Papa (Rede) afirma que a atual administração municipal está atrasada dois anos em relação ao assunto. Vale lembrar que o contrato de concessão do transporte coletivo foi assina­do em maio de 2012, durante a gestão da ex-prefeita Dárcy Vera (sem partido), e está sob responsabilidade do gover­no Duarte Nogueira Júnior (PSDB) desde janeiro de 2017.

A CPI do Transporte con­cluiu seus trabalhos em julho de 2018 e detectou, segundo o parlamentar, várias irre­gularidades, como o fato de a bilhetagem do transporte coletivo nunca ter sido fisca­lizada de forma correta, e que a prefeitura não auditava os dados repassados pelo PróUr­bano. “Sempre valeu a palavra do consórcio”, afirma o par­lamentar. Ele garante ainda que, na cidade de São Paulo, a base de dados da bilhetagem é feita pelo poder público e, posteriormente, auditada pelo concessionário, caso ele deseje. Ou seja, o ônus da prova é do prestador do serviço.

“O custo desta auditoria deve ser pago pelo PróUrba­no e não pela população”, ga­rante o vereador. Marcos Papa afirma que, na segunda sessão legislativa após o recesso, que será realizada em no dia 7, apresentará requerimento con­vocando o superintendente da Transerp, Antonio Carlos de Oliveira Junior, para explicar a licitação. A primeira reunião ordinária da Câmara de Verea­dores, no dia 5, será destinada a composição das comissões permanentes.

O relatório final da CPI foi encaminhado para o Ministé­rio Público Estadual (MPE), através da Promotoria da Ci­dadania, para o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP), Ministério Público de Contas do Estado de São Paulo (MPC-MPSP), Transerp e prefeitura de Ribeirão Preto. Dados do Consórcio PróUrba­no revelam que 150 mil passa­geiros utilizam diariamente o transporte coletivo, cerca de 4,5 milhões por mês. O gru­po é formado pelas empre­sas Rápido D`Oeste (40%), Transcorp (30%) e Turb (30%). Atualmente, opera 119 linhas com 356 veículos – 312 convencionais, 20 Padron e 23 microônibus.

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