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Transerp fraciona pagamento de maio

ALFREDO RISK/ARQUIVO

O vereador Marcos Papa (Cidadania) acionou o Minis­tério do Trabalho e Emprego – ligado ao Ministério da Econo­mia – depois que a Empresa de Trânsito e Transporte Urbano de Ribeirão Preto (Transerp) fracionou o pagamento do sa­lário dos funcionários. O cré­dito em conta foi efetuado, na sexta-feira, 5 de junho, quinto dia útil do mês subsequente ao trabalhado (maio). O par­lamentar diz que também vai levar o caso ao Ministério Pú­blico do Trabalho (MPT).

A empresa de economia mista, que é responsável pela gestão do trânsito e do trans­porte coletivo urbano de Ri­beirão Preto, pagou somente 40% da folha salarial e infor­mou aos servidores, por meio de um comunicado, que não há previsão para o pagamento dos outros 60%. A Transerp conta com 177 funcionários da empresa e o valor da folha sala­rial dos funcionários, incluin­do impostos, encargos sociais e benefícios, é, em média, de aproximadamente, R$ 1,5 mi­lhão – foram liberados cerca de R$ 600 mil.

Em resposta enviada ao vereador Marcos Papa, por e-mail, o Setor de Inspeção do Trabalho, do Ministério do Trabalho e Emprego, afirma que “a denúncia será cadas­trada no Sistema Federal de Inspeção do Trabalho e será dada a prioridade devida”. Em 2 de junho, a Câmara de Vere­adores rejeitou o projeto de lei que pedia autorização do Le­gislativo para repassar R$ 4,8 milhões à Transerp.

Apesar de a prefeitura de Ribeirão Preto alegar, na justi­ficativa, que o valor seria usa­do para pagamento dos fun­cionários, não constavam no o projeto balanços ou balancetes que permitissem aos vereado­res um estudo aprofundado do alegado problema financeiro agravado pela pandemia do novo coronavírus. “Essa é mais uma evidência de que a pre­feitura não faz boa gestão na Transerp. É inadmissível que uma empresa de economia mista deixe de honrar o salário de seus funcionários lesando àqueles que cumpriram com suas obrigações”, diz Papa.

“Acionei o Ministério do Trabalho para que investigue essa ilegalidade e aponte os responsáveis. A Transerp de­veria ser exemplo de gestão do trânsito e de proteção da vida”, frisa. O superintendente da companhia, Antônio Carlos de Oliveira Junior, afirmou ao ve­reador que, desde março, vem comunicando formalmente o Palácio Rio Branco sobre as di­ficuldades financeiras da em­presa de economia mista e o risco de não conseguir honrar o salário dos funcionários.

Ainda assim, o projeto pedindo autorização para o repasse só foi enviado à Câ­mara no final de maio, sendo votado e rejeitado em plená­rio no início de junho. Ainda de acordo com o superinten­dente, a prefeitura prepara um novo projeto que será enviado à Câmara pedindo novamente autorização para repassar re­cursos à Transerp.

Porém, dessa vez, o PL deve apresentar balanços e ba­lancetes. Papa, que é membro da Comissão Permanente de Finanças, Orçamento, Fisca­lização, Controle e Tributária, pretende analisar o novo pro­jeto com bastante cautela.

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