Inspirada nas “propriedades intrigantes de camuflagem dos cefalópodes”, como lulas e polvos, a roupa funciona à base de aquecimento e resfriamento. Ou seja, a cor que o sistema assume depende da temperatura que é submetido. Dessa maneira, é necessário que o metamaterial seja formado por “pixels” contendo cristais líquidos termocrômicos.
Assim sendo, a camuflagem visível é obtida separadamente, combinando com as cores do ambiente. Mas, acima de tudo, a vestimenta é inovadora por também permitir a camuflagem de calor. Em outras palavras, isso quer dizer que soldados também poderão passar despercebidos por câmeras de infravermelho ou térmicas.
Experimentos com o traje
Com o propósito de provar a teoria, os pesquisadores da Universidade Nacional de Seul colocaram uma mão humana sobre um fundo, onde várias temperaturas e cores foram aplicadas.
“À medida que a mão se move em fundos diferentes (seja um modo de camuflagem visível ou [infravermelho]) … cada pixel muda sequencialmente sua cor / temperatura com base em suas posições relativas”, escreveu Seung Hwan Ko, que liderou a equipe de pesquisas. Desta forma, o fundo azul “engoliu” a mão, que também se incorporou a cor.
Mas a identificação de cores no ambiente ainda é deficitária, pois os pesquisadores precisaram inserir os tons manualmente. Sobre isso, a equipe da Coreia do Sul pretende implantar uma câmera que deverá permitir um atuação autônoma do dispositivo.
Igualmente, tecnologias para que os soldados resistam a temperaturas extremas também devem ser inseridas na roupa, criando um “casulo” em campo de guerra.
Via: Defense One