Tribuna Ribeirão
Cultura

TPC encena peça de Plínio Marcos

FERNANDO ALVES

O Grupo Teatro Popular de Comédia (TPC) vai apre­sentar nesta quarta-feira, 11 de dezembro, às 20h30, dentro da programação do projeto Ribeirão Cena Con­temporânea, o espetáculo “A mancha roxa”. O texto é do autor Plínio Marcos (1935- 1999), com direção de Bo­linha Monteiro. No elenco estão Anna Clayme Andrade, Anna Ise Andrade, Manira Kotzent, Thauana Garcia e Rayana Rodrigues.

A encenação marca os 20 anos da morte do dramaturgo Plínio Marcos. Vozes abafadas, tristes, reprimidas, sofridas… A aids reinava nos presídios na década de 1980, como a vida que esmaga lentamente sua flor mais preciosa.

A mancha que marca len­tamente as carnes podres de almas debilitadas sem pieda­de ou consolação. Mas, será que a dor e revolta ficam pre­sos no passado?

“Quando a voz que berra de dor não tem resposta, é justa a cólera”. “Plínio é um dos melhores dramaturgos na minha opinião, ele dá voz as pessoas que são excluídas pela sociedade, foi isso que me chamou atenção e me le­vou a montar o espetáculo”, conta a diretora.

Bolinha Monteiro explica que a peça se passa em uma penitenciária feminina na década de 1980, período que a aids explodiu nos presídios do país, mostrando a fragili­dade e a corrupção que cor­rói o sistema penitenciário brasileiro. “A prisão é um depósito de gente que são esquecidas pelo sistema e pela população”, diz.

“E quando saem não re­cebem uma orientação e nem oportunidades para um novo recomeço. Precisamos ver além do nosso preconceito”, completa. Através de histó­rias de vidas diferentes, “A mancha roxa” tem como ob­jetivo ressaltar de forma re­flexiva o significado da figura feminina e, principalmente, questionar a condição das mulheres nos presídios femi­ninos e a degradação humana em que são submetidas.

Nesta obra, Plínio Marcos convida o público a mergu­lhar no universo de persona­gens, que levam a reflexões atemporais da figura femini­na representada no Brasil e como a sociedade encara es­ses fatos. A peça foi escolhi­da e trabalhada durante dez meses por cinco atrizes de Ribeirão Preto, através de um período de intenso estudo so­bre o autor e sua linguagem, exercícios sobre o assunto e ensaios intensos, culminan­do em sua estreia em 2017. Durante os anos seguintes, várias apresentações foram realizadas com sucesso de público e crítica.

O espetáculo “A mancha roxa” será encenado às 20h30 desta quarta-feira (11), no Galpão de Eventos do Sesc, que para este espetáculo terá capacidade para 80 pessoas. Fica na unidade da rua Tibi­riça nº 50, na região central de Ribeirão Preto – entre a avenida Doutor Francisco Junqueira e a rua Visconde do Rio Branco. Mais infor­mações pelo telefone (16) 3977-4477. A peça é proibida para menores de 18 anos e não será permitida a entrada após o início.

Os ingressos estão à ven­da online (www.sescsp.org. br) e no Sesc Ribeirão Preto. Custam R$ 30 (inteira), R$ 15 (aposentado, pessoa com mais de 60 anos, portador de neces­sidades especiais, estudante e servidor da escola pública com comprovante) e R$ 9 (traba­lhador do comércio de bens, serviços e turismo credencia­dos no Sesc e dependentes – credencial plena).

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