Por Gonçalo Junior
A Mancha Alviverde, principal torcida organizada do Palmeiras, repudiou o ataque ao ônibus do clube na chegada ao Allianz Parque, nesta quarta-feira, antes da vitória por 3 a 0 sobre o Junior Barranquilla, pela Copa Libertadores. Por outro lado, a torcida fez críticas ao diretor de futebol Alexandre Mattos, ao técnico Luiz Felipe Scolari e também aos jogadores.
“Atire a primeira pedra quem nunca errou? Assumimos os nossos erros e falhas. Quando os erros e falhas são nossos. A Mancha Alviverde não compactua com as ‘pedradas’ de ontem. E também não aceitamos esse prejulgamento feito pela mídia e sociedade de acusar sem provas e sempre envolver o nome da nossa entidade”, publicou a torcida em seu site oficial.
Na chegada ao estádio, antes da vitória sobre o Junior Barranquilla, o ônibus com a delegação foi atingido por garrafas e latas. A Polícia Militar prendeu dois torcedores. A torcida criticou o desempenho da equipe no Campeonato Paulista, torneio em que foi eliminada pelo São Paulo nas semifinais, na cobrança de pênaltis, e também na Libertadores, embora a equipe só precise de mais um ponto para se classificar às oitavas de final – vinha de derrota para o San Lorenzo.
“Nítido que não tivemos padrão técnico nos jogos do Paulista e Libertadores. Essa ‘pedrada’ é do Felipão, que voltou a ser rabugento, teimoso e prepotente. Nas suas coletivas não assume que o time foi mal e ainda elogia em derrotas vergonhosas em clássicos dentro de casa”, diz outro trecho na nota.
Por fim, a torcida critica a diretoria, que teria feito “contratações caras e duvidosas” e concedido “aumentos de salário fora da realidade nacional”. “A impressão que temos é que perdeu-se o vestiário. Quem ganha “somente” R$ 300 mil não se entrega e não se envolve de fato e quem ganha R$1 milhão não joga para merecer tanto. (…) Que esse elenco pipoqueiro, que coleciona inúmeras eliminações nos últimos anos no nosso estádio, comece a jogar bola e respeite a nossa camisa”, diz o comunicado da torcida organizada.