Tribuna Ribeirão
Esportes

Tóquio – Risco de covid-19 na Olimpíada é ‘zero’, diz presidente do COI

FRABRIZIO BENSCH/REUTERS

O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, disse que existe um risco “zero” de participan­tes dos Jogos infectarem mora­dores do Japão com covid-19 no momento em que os casos atingem uma alta de seis meses na cidade-sede.

“O risco para outros mo­radores da Vila Olímpica e o risco para o povo japonês é zero”, disse Bach, acrescen­tando que os atletas e as de­legações da Olimpíada pas­saram por mais de oito mil exames de coronavírus e que só três foram positivos.

Estes casos foram isolados, e seus contatos próximos tam­bém estão sujeitos a protocolos de quarentena, disse Bach no início das conversas com a go­vernadora de Tóquio, Yuriko Koike, e a presidente da Tó­quio 2020, Seiko Hashimoto.

A pouco menos de uma semana da cerimônia de aber­tura de 23 de julho, Tóquio re­latou 1.308 infecções novas de covid-19 na quinta-feira (15), seu maior número diário des­de o final de janeiro.

Adiada no ano passado por causa da pandemia de covid-19, a Olimpíada tem pouco apoio público no Ja­pão em meio aos temores ge­neralizados de um novo surto de coronavírus.

Críticos da realização dos Jogos de Tóquio apresenta­ram na quinta-feira (15) uma petição que já reuniu mais de 450 mil assinaturas neste mês, noticiou a mídia do país.

Os organizadores impõem “bolhas” olímpicas para evi­tar novas transmissões da covid-19, mas especialistas médicos temem que não se­jam suficientemente vedadas.

Nigeriano é 1º delegado olímpico hospitalizado com covid-19
Um delegado olímpico da Nigéria se tornou o primeiro visitante dos Jogos de Tóquio hospitalizado com covid-19, noticiou a emissora de televisão Asahi na sexta-feira (16), enquanto o Japão luta para conter uma alta de infecções locais a uma semana do evento.

O astro do Washington Wizards, o norte-americano Bradley Beal, tem o sonho olímpico frustrado pela covid-19

O indivíduo de cerca de 60 anos, que não é atleta, foi diagnosticado na noite de quinta-feira (15) no aeroporto com sintomas amenos, mas hospitalizado por causa da idade e de problemas de saúde pree­xistentes, disse a emissora, sem dar detalhes.

Também na sexta-feira (16) o Comitê Olímpico Australiano disse que o tenista Alex de Minaur, o 15º do ranking, foi diagnosticado antes de viajar para os Jogos, tornando-se o atleta mais recente a ver seu sonho olímpico destruído pelo vírus.

“Estamos muito decepcionados por Alex”, disse o chefe da delegação australiana, Ian Chesterman, aos repórteres.

Outro sonho olímpico frustrado foi o do jogador de basquete norte-ame­ricano Bradley Beal. Na quinta-feira (15), a USA Basketball disse que o astro do Washington Wizards foi submetido a protocolos do coronavírus em um campo de treinamento de Las Vegas e perderá os Jogos.

O coronavírus infectou vários atletas e outros envolvidos com a Olimpíada, que começa no dia 23 de julho, no momento em que as infecções se disseminam em Tóquio e especialistas alertam que um quadro pior pode estar adiante.

Aída dos Santos eterniza pés no Hall da Fama do COB
Aída dos Santos, primeira mulher brasileira a disputar uma final olím­pica e 4º lugar no salto em altura, nos Jogos de 1964 (Tóquio), eter­nizou os pés no Hall da Fama do Comitê Olímpico do Brasil (COB).

Aída dos Santos, primeira mulher brasileira a disputar uma final olímpica e 4º lugar no salto em altura, nos Jogos de 1964

A cerimônia ocorreu quinta-feira (15) de forma restrita na sede do COB, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. “Como mulher negra, e um dos maiores exemplos do Movimento Olímpico, Aída tem uma histó­ria que merece ser reverenciada, celebrada e honrada por todas suas lutas, conquistas e glórias. A primeira mulher do Brasil a disputar uma final olímpica e o 4º lugar dela no salto em altura, em Tóquio 1964, obtendo o melhor resultado individual de uma atleta brasileira nos Jogos Olímpicos até Pequim 2008 é, sem dúvidas, motivo de orgulho para todos nós”, afirmou o presidente do COB, Paulo Wan­derley Teixeira.

“Quando entrei para o atletismo nem sabia que tinham competições como Sul-Americano e Jogos Olímpicos. Esporte individual tinha que ter índice. Eu não estava com índice. Fui competir por acaso e fiz o resultado. Hoje, os atletas têm psicólogo, nutricionista. Eu viajava de avião da FAB. Melhorou o material humano, mas não os resultados”, declarou a mais nova integrante do Hall da Fama. Se Aída pudesse dar um conselho aos atletas que participarão dos Jogos seria enfá­tica: “Já que estão em Tóquio, é porque mereceram. Sejam perseve­rantes e pensem que são tão bons quantos os outros. Briguem pela medalha de ouro”.

Aída dos Santos estava em companhia da filha Valeskinha, campeã olímpica de vôlei nos Jogos de 2008 (Pequim), quando recebeu a homenagem. “Aída é uma referência. Hoje nós temos quatro atletas do atletismo no Hall da Fama e ela é a primeira mulher. Tem um simbolismo muito grande. Em 2012, a Confederação Brasileira de Atletismo instituiu uma medalha com o nome da Aída dos Santos. Nossas atletas medalhistas em mundiais e edições de Jogos Olím­picos recebem a medalha Aída dos Santos. Isso mostra a dimensão dela e sua referência para as mulheres. Ela era uma estrela solitária, e hoje ilumina com seu brilho todo o atletismo nacional”, concluiu o presidente da Confederação Brasileira de Atletismo, Wlamir Leandro Motta Campos.

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