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TJSP reduz penas do caso Prosegur

Tribunal de Justiça de São Paulo reduziu as penas de quatro condenados; o total das punições caiu de 481 para 306 anos 

Em 5 de julho de 2016, os bandidos explodiram o prédio da Prosegur, trocaram tiros com a polícia, incendiaram veículos e levaram R$ 51,2 milhões (Alfredo Risk/Arquivo)

O assalto cinematográfico à antiga sede da Prosegur, na avenida Saudade, nos Campos Elíseos, Zona Norte de Ribeirão Preto, completou oito anos no início do mês. Agora, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) reduziu as penas de quatro condenados em 175 anos. Somadas, o total das punições caiu de 481 para 306 anos. A defesa alega que as punições impostas aos réus extrapolaram o tempo máximo de reclusão previsto em lei.  
 
O ataque ocorreu em 5 de julho de 2016. Os bandidos explodiram o prédio, trocaram tiros com a polícia, incendiaram veículos e levaram R$ 51,2 milhões. Apenas R$ 200 mil foram recuperados.  Duas pessoas – um morador de rua e um dos suspeitos – morreram.  
 
O quarteto foi condenado em dezembro de 2018 pela Justiça de Ribeirão Preto. Dois homens foram considerados líderes da quadrilha: Ângelo Domingues dos Santos e Juliano Moisés Israel Lopes. Eles foram presos dez dias após o assalto em um hotel em Caldas Novas (GO), com parte do dinheiro roubado.  
 
Cada um foi condenado a 121 anos de prisão. Acusado de transportar o dinheiro roubado e os demais suspeitos em um caminhão durante a fuga, Diego de Moura Capistrano foi condenado a 123 anos de prisão, mas a pena caiu para 84 com a decisão do TJSP. Ele foi preso recentemente em Belo Horizonte (MG) portando um fuzil. 
 
Um ex-funcionário da Prosegur, acusado de passar informações aos assaltantes, recebeu pena de 116 anos de prisão. O nome dele não foi divulgado, porque o processo está sob sigilo. O grupo usou pistolas, fuzis 556 e 762, metralhadoras ponto 50, além de fuzis AK-47, que entraram no país pela Venezuela.  
 
Para acessar o cofre, a quadrilha explodiu o prédio com dinamite. Ao todo, 20 fuzis e duas metralhadoras ponto 50 foram apreendidos. De acordo com a polícia, cerca de 40 bandidos participaram e 15 veículos foram usados no assalto, sendo que três foram queimados e outros sete abandonados em um canavial.  
 
Na Rodovia Anhanguera (SP-330), o policial rodoviário Tarcísio Wilker Gomes, de 43 anos, foi morto com um tiro na cabeça, durante a fuga da quadrilha. Um segundo homem usado como escudo morreu na ação. Na véspera da ação, os bandidos deram uma festa em uma chácara alugada na periferia de Ribeirão Preto.  
 
Seis meses após o mega-assalto, a empresa mudou-se para uma base no bairro Parque Industrial Lagoinha, na Zona Leste da cidade. Moradores da região protestaram e o caso chegou a ser discutido na Câmara de Vereadores.  
Em maio de 2022, a 4ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ/SP) reconheceu o direito de um morador, vizinho da Prosegur.  
 
Ele foi uma das vítimas indiretas do megaassalto. A casa dele foi invadida e os criminosos, em fuga, levaram o carro do cidadão. O TJ/SP estabeleceu indenização de R$ 5.810 por danos materiais e R$ 30 mil por danos morais, totalizando R$ 35.810.  
 
A casa do morador fica a 300 metros da antiga sede da Prosegur. A família dele foi feita refém. O veículo chegou a ser encontrado depois, mas em péssimas condições. Como indenização, a defesa da vítima pedia uma indenização por danos materiais e morais no valor de R$ 200 mil. 
 

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