Por: Adalberto Luque
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) acatou o pedido do delegado Targino Donizete Osório e converteu as prisões temporárias em preventivas, para os dois acusados de matar o engenheiro Paulo Roberto Carvalho Pena Braga Filho, de 34 anos.
O crime ocorreu no dia 29 de dezembro, em um quarto de um imóvel de locações de curta duração, na esquina da Rua Eduardo Prado com Avenida do Café, Vila Amélia, zona Oeste da cidade. Os acusados Gabriel Souza Brito e Marcelo Fernandes da Fonseca, ambos de 28 anos, estavam presos temporariamente. Na próxima sexta-feira (15) a prisão temporária de Gabriel venceria e ele poderia ser colocado em liberdade.
Além de Osório, a promotora Bruna Farizatto, do MPSP, também pediu a conversão da prisão temporária em preventiva. Agora os dois autores do assassinato de Beto Braga vão ficar presos até a conclusão do processo no Judiciário.
Duas mudanças
No entendimento do delegado responsável pelo caso, trata-se de um crime de latrocínio, isto é, roubo seguido de morte. No MPSP, todavia, a promotora Ethel Cipele discordou da tipificação ao receber o inquérito. Para ela não teria havido a intenção de roubar, o que só aconteceu depois da morte de Beto.
Na opinião da promotora, houve homicídio doloso e, portanto, iria para júri popular, podendo levar vários anos até sua conclusão. O inquérito seguiu então para a promotora Bruna Farizatto, que discordou da colega e concordou com o delegado, considerando caso de latrocínio.
Assim, o inquérito foi para a Procuradoria-Geral de Justiça (PGJ), que deve dar a palavra final sobre como o caso será tratado.