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TJ pode definir futuro de greve

A greve do funcionalismo público municipal chega à se­gunda semana, mas pode ter­minar nesta terça-feira, 18 de abril, quando uma audiência de conciliação entre a prefeitura e o Sindicato dos Servidores Muni­cipais de Ribeirão Preto, Guata­pará e Pradópolis (SSMRPGP) será realizada.

A audiência foi agendada com base em despacho expe­dido pelo desembargador Gui­lherme Strenger na quinta-feira, 13 de abril. A reunião será virtu­al, às 15h30. Segundo o Tribuna apurou, a audiência pode pôr fim à greve. São duas opções.

Uma delas é um eventual acordo entre a categoria e a ad­ministração Duarte Nogueira (PSDB), que pode ser selado durante a audiência. O segundo envolve o dissídio coletivo, que será julgado pelo Tribunal de Justiça se não houver consenso entre as partes.

Como o juiz plantonista Ne­mércio Rodrigues Marques con­cedeu, no Sábado de Aleluia (8), liminar determinando a manu­tenção de 100% dos servidores em serviços essenciais do muni­cípio e de 60% nos demais seto­res da administração pública, o sindicato deve tirar o pé do ace­lerador do movimento grevista para não sofrer punições.

Liminar
A liminar concedida à pre­feitura determina a manutenção de 100% dos serviços nas áreas da saúde, educação, assistência social, água e esgotos, infraestru­tura e na Divisão de Bem-Estar Animal (DBEA), ligada à Secre­taria de Meio Ambiente.

O magistrado cita em sua decisão, inclusive, escala emer­gencial de trabalho para evitar danos à população. Em caso de descumprimento da ordem ju­dicial, o juiz estabeleceu multa diária de R$ 100 mil contra o Sin­dicato dos Servidores Municipais de Ribeirão Preto, Guatapará e Pradópolis (SSM/RPGP).

A prefeitura ressalta que nenhum servidor será impedi­do ou constrangido a exercer seu direito de trabalhar. Quem optou pela paralisação terá o dia descontado.

O caso foi parar no Órgão Especial do Tribunal de Justiça – composto por 25 desembar­gadores – depois que a juíza Luiza Helena Carvalho Pita, da 2ª Vara da Fazenda Pública de Ribeirão Preto, se declarou in­competente para julgar o fato. A prefeitura informa que a li­minar está mantida. O sindica­to discorda.

A Comissão de Política Sala­rial da prefeitura de Ribeirão Pre­to manteve a proposta de reajuste de 6% para os servidores, que re­cusaram a oferta. Envolve a cor­reção da inflação acumulada em doze meses medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consu­midor Amplo (IPCA, indexador oficial de preços no Brasil). Esse percentual foi rejeitado pela cate­goria em assembleia.

A correção de 6% também atingiria o vale-alimentação e o auxílio nutricional pago a apo­sentados e pensionistas do Ins­tituto de Previdência dos Mu­nicipiários (IPM). Outros itens propostos tratam da equipara­ção do tíquete-alimentação para quem faz jornada de doze por 36 horas e a correção na base de cálculo do auxílio insalubridade.

Pauta
O funcionalismo de Ribei­rão Preto quer reajuste salarial de 16,04% este ano. São 10,25% de aumento real – com base na evolução de crescimento da ar­recadação municipal – e mais 5,79% para repor as perdas infla­cionárias do ano passado, quan­do o IPCA fechou em 5,79%.

Data-base
A data-base do funciona­lismo público ribeirão-pretano é 1º de março. Os servidores também querem reposição de 20% no vale-alimentação e o pagamento de abono para to­dos os trabalhadores da ativa e inativos, no valor de R$ 600, pelo período de um ano. Atual­mente, o vale-refeição dos servi­dores que cumprem jornada de 40 horas semanais é de R$ 978. Com o aumento, passaria para R$ 1.173,60.

Ano passado
Ribeirão Preto tem 14.970 servidores na ativa e 6.400 apo­sentados e pensionistas que re­cebem benefícios do Instituto de Previdência dos Municipiá­rios (IPM). No ano passado, os servidores tiveram aumento de 10,60%, retroativo a 1º de março (data-base), referente à inflação acumulada em doze meses, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do Instituto Brasileiro de Geogra­fia e Estatística (IBGE).

O mesmo percentual incidiu sobre o vale-alimentação dos servidores da ativa e no auxílio nutricional dos aposentados e pensionistas. Além disso, em dezembro, a prefeitura deu um abono de R$ 500 para cada um dos servidores municipais da ativa, no vale-refeição. A conces­são atingiu oito mil trabalhado­res da administração direta e in­direta, ao custo de R$ 5 milhões.

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