Tribuna Ribeirão
Política

TJ nega recurso a Waldyr Villela

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ/SP) negou o pedido de habeas corpus (HC) impetra­do pelos advogados de defesa do vereador afastado Waldyr Ville­la (PSD). O objetivo era obter o recurso para que o parlamentar pudesse voltar a freqüentar o pré­dio da Câmara de Ribeirão Preto imediatamente e, assim, reassumir sua cadeira, atualmente ocupada pelo suplente Ariovaldo de Souza (PTB), o “Dadinho”.

No pedido de habeas corpus, assinado pelo advogado Régis Ga­lino, a defesa de Waldyr Villela sus­tenta que a proibição do vereador afastado de frequentar a sede do Legislativo é um constrangimen­to ilegal. Se o HC for concedido, o parlamentar terá livre acesso à Câmara, reassumindo sua cadei­ra, uma vez que não pesa sobre ele nenhuma acusação na Justiça Elei­toral e a representação apresentada pelo presidente da Casa de Leis, Rodrigo Simões (PDT), foi arqui­vada pelo Conselho de Ética.

Villela foi afastado da Câ­mara Municipal em agosto, por liminar, depois que passou a ser investigado pela Polícia Civil. Ele é acusado de exercício ilegal da Medicina (é dentista) e de uso de documento falso, entre outros crimes. Proibido de adentrar a sede do Legislativo, foi afastado do cumprimento do mandato e a Mesa Diretora exonerou os cinco assessores de seu gabinete, convo­cando o suplente “Dadinho”.

O presidente do Conselho de Ética, Lincoln Fernandes (PDT), disse ao Tribuna que a Justiça muitas vezes toma decisões de difícil compreensão para a opi­nião pública. “Primeiro, a Justiça afasta o doutor Waldyr Villela. Depois, manda a Câmara conti­nuar pagando seu subsídio. Ora, para mim, quem recebe tem de trabalhar”, comenta o pedetista. Afastado do mandato de verea­dor desde 11 de agosto, Waldyr Villela voltou a embolsar R$ 13.809,95 mensais, valor referen­te ao subsídio de parlamentar.

Villela já tentou retornar à Câ­mara, mas decisão da 5ª Vara Cri­minal de Ribeirão Preto manteve o parlamentar afastado de suas funções legislativas. O vereador é investigado pela Polícia Civil e pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organiza­da (Gaeco) por exercício irregular da medicina (artigo 282 do Códi­go Penal), uso de documento falso (304), peculato (312), corrupção passiva e ativa (artigos 317 e 333) e associação criminosa (288). Ele nega a prática de atos ilícitos.

É acusado de, apesar de ser dentista, emitir receitas, consul­tar como médico e realizar pe­quenas cirurgias na Sociedade Espírita André Luiz, centro espí­rita que mantinha na rua Roma­no Coró, no Parque Tanquinho, na Zona Norte. Villela disse em depoimento ao Conselho de Éti­ca que apenas fornecia amostras grátis de medicamentos, e que não aviava receitas.

Segundo a Vigilância Sani­tária, a polícia e o Gaeco, o am­bulatório não tinha alvará e era “clandestino”. O vereador nega e diz que jamais agiu de má-fé. Várias testemunhas depuseram a favor dele. Ele também é acusado de usar indevidamente o carro oficial da Câmara e um assessor para atuar na clínica que o Gaeco e a polícia consideram “clandes­tina”. O parlamentar nega.

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