Por 5 votos a 0, o último recurso do ex-governador de Minas Gerais Eduardo Azeredo (PSDB) para evitar a prisão de 20 anos e um mês pela sua participação no esquema que ficou conhecido como mensalão mineiro.
No início da sessão da 5ª Turma, o relator Júlio Cesar Lorens rejeitou os embargos e votou pela decretação da prisão imediata do ex-governador. Ele foi acompanhado pelo revisor, desembargador Alexandre Victor de Carvalho, que seguiu o voto pela prisão imediata, alegando a decisão nesse sentido proferida pelo STF (Supremo Tribunal Federal). Logo depois, o voto foi proferido pelo desembargador Pedro Vergara pela expedição de prisão imediata.
O desembargador Adilson Lamounier disse, em seu voto, que não houve omissão no julgamento, conforme alegou a defesa do tucano, e votou pela decretação imediata da prisão, acompanhando os votos do relator e do revisor. Último a votar, o desembargador Fernando Caldeira Brant, manteve o entendimento dos desembargadores, e votou pela prisão imediata.
Em seguida, por 4 votos a um, a 5ª Turma do decidiu não aceitar o pedido feito pelo advogado Castellar Júnior para que a expedição do decreto de prisão do ex-governador fosse feita somente após a publicação do acórdão.
O revisor, desembargador Alexandre Victor de Carvalho, aceitou a tese da defesa e votou para que se aguardasse os “embargos dos embargos” até a expedição da ordem de prisão. O relator, desembargador Júlio Cesar Lorens, porém, não aceitou a tese. “Tudo tem seu início, o seu meio e deve ter o seu fim”, disse Lorens.
Por fim, o desembargador Adilson Lamounier, o desembargador Pedro Vergara e o desembargador Fernando Caldeira Brant, votaram pela expedição imediata do decreto de prisão.
Em 2017, o político foi condenado em segunda instância pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro. Ele foi acusado pelo MP-MG (Ministério Público de Minas Gerais) de ter participado de um esquema que desviava recursos públicos de empresas estatais mineiras por meio de contratos publicitários para abastecer o caixa dois da sua campanha à reeleição como governador de Minas Gerais em 1998. Na ocasião, Azeredo perdeu a eleição. Ele nega envolvimento no esquema.