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Theatro Pedro II completa 94 anos

Nesta terça-feira (8)), um dos maiores patrimônios da cidade completa 94 anos marcados por muitos espetáculos, exibição de filmes e shows, onde se tornou a casa de artistas nacionais e internacionais (Guilherme Sircili)

Inaugurado em 8 de outubro de 1930, com a apresentação do filme “Alvorada do Amor”, o Theatro Pedro II, instalado na rua Álvares Cabral nº 370, no Quarteirão Paulista, no Centro Histórico, é referência histórica e cultural para Ribeirão Preto e região, sendo o terceiro maior teatro de ópera do Brasil.  
 
Aniversário Nesta terça-feira (8), um dos maiores patrimônios da cidade completa 92 anos marcados por muitos espetáculos, exibição de filmes e shows, onde se tornou a casa de artistas nacionais e internacionais. O Theatro Pedro II é patrimônio cultural tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat).  
 
Projeto Foi construído entre 1928 e 1930 a pedido do advogado João Alves Meira Júnior, um dos fundadores da Cia. Cervejaria Paulista. O projeto foi elaborado pelo arquiteto Hippolyto Gustavo Pujol Júnior, e a parte estrutural da construção coube à empresa alemã Kemmitz.  
 
Em 15 de julho de 1980, durante a exibição do filme “Os Três Mosqueteiros Trapalhões”, um incêndio destruiu a cobertura, o forro do palco e grande parte do interior, incluindo-se o teto.  A reconstrução só teve início mais de dez anos depois, em 1991, liderada pela construtora Jábali Aude.  
 
A reinauguração aconteceu em 19 de junho 1996, na comemoração do aniversário de 140 anos de Ribeirão Preto. Durante cinco décadas, foi a principal referência cultural da cidade e centro de acontecimentos políticos e sociais, recebendo grandes companhias teatrais e operísticas do exterior. 
 
Na década de 1960, o prédio passou por reforma que o descaracterizou. Vários elementos decorativos foram destruídos, a plateia foi reduzida e placas de madeira encobriram camarotes, frisas e galerias laterais para transformá-lo em cinema. Os sinais da decadência levaram o teatro a mudar de proprietários.  
 
Carnaval – A Companhia Cervejaria Antarctica adquiriu a Companhia Cervejaria Paulista, antiga proprietária. Entre as décadas de 1950 e 70, o subsolo do teatro foi transformado em salão de bailes de carnaval. Fora do período carnavalesco, era transformado em sala de jogos. O local ficou conhecido como “Caverna do Diabo”.   
 
Depois do incêndio, campanhas pedindo a preservação do patrimônio foram realizadas e, no dia 7 de maio de 1982, o prédio foi tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat). Na fase de reforma, a cúpula metálica da plateia principal foi reconstruída pela artista plástica Tomie Ohtake (1913-2015) e a caixa cênica foi rebaixada em seis metros.  
 
Foi criado um subsolo com mais dois níveis: espaços para serviços de apoio artístico, oficina de cenário, carpintaria e almoxarifado técnico. Os ferros retorcidos na cúpula do teatro são uma alusão às chamas do incêndio de 1980, ideia de Tomie Ohtake. 
 
Lustre “Gota D’Água” Desenhado pela artista Tomie Ohtake, o lustre de cristal “Gota D’Água” é coberto por uma cúpula de gesso estrutural, com a fixação de lâmpadas especiais que fazem suas luzes passar por entre os recortes, criando um efeito escultural único.  
 
Com 1,4 mil quilos, tem 2,7 metros de altura por 2,2 metros de largura e possui mais de 80 lâmpadas. O desenho na cúpula do teatro também é obra da artista nipo-brasileira. Os ferros retorcidos são uma alusão às chamas do incêndio de 1980. 
 
O objeto é um dos símbolos da reinauguração do Theatro Pedro II, em 19 de junho de 1996, após passar 16 anos fechado devido a um incêndio em julho de 1980. É coberto por uma cúpula de gesso estrutural, com a fixação de lâmpadas especiais que fazem suas luzes passar por entre os recortes, criando um efeito escultural único.  
 
No formato de uma gota d’água, a obra-prima de Tomie Ohtake pesa quase uma tonelada e meia e remete ao incêndio, assim como o desenho do teto (uma alusão às labaredas que lamberam o teto original), que também foi projetado pela artista, que na ocasião da restauração escalou andaimes para fazer os desenhos a lápis na base de gesso que antecedeu a versão definitiva. 
 
 

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