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Teto do INSS já atinge 282 servidores em RP

Fachada do IPM de Ribeirão Preto - Foto Alfredo Risk

A prefeitura de Ribeirão Preto já tem 282 servidores su­bordinados à nova legislação municipal que limitou o teto das futuras aposentadorias ao valor pago pelo Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), que subiu de R$ 5.839,45 para R$ 6.101,06. O total de funcionários públicos da ativa afetados pela reestrutu­ração do Instituto de Previdên­cia dos Municipiários (IPM) foi levantado pela administração a pedido do Tribuna.

A limitação do teto das apo­sentadorias – e consequentemen­te das futuras pensões – para os servidores que ingressaram no serviço público municipal a partir da sanção da lei complementar nº 2.936/2018 faz parte da reestrutu­ração. O objetivo é zerar, a médio e longo prazo, o déficit do IPM, responsável pelo pagamento dos benefícios de todos aposentados e pensionistas do município.

Com a mudança na lei, os novos servidores que recebem salário superior ao teto do INSS terão que aderir ao Plano de Aposentadoria Complemen­tar oferecido pelo IPM para se quiserem manter o valor da atual remuneração quando se aposentarem. Ou seja, terão de contribuir para a Fundação de Previdência Complementar do Estado de São Paulo (Prevcom), que vai administrar e executar o plano de benefícios de caráter previdenciário complementar.

Na prática, o IPM ficará res­ponsável pelo pagamento até o li­mite do INSS, e a partir deste teto, a aposentadoria aumentará de acordo com a contribuição com­plementar feita pelo servidor para o fundo de previdência. Atual­mente, o instituto tem dois fundos para o pagamento de aposentado­rias dos servidores e pensionistas: o Financeiro e o Previdenciário.

O Fundo Financeiro não tem reserva de recursos e é respon­sável pelo pagamento das apo­sentadorias de cerca de seis mil aposentados e pensionistas que ingressaram na prefeitura antes de 2011 e já estão inativos. Este pagamento é feito com o dinhei­ro obtido mensalmente através das contribuições previdenciá­rias dos servidores da ativa que também ingressaram na admi­nistração antes de 2011, mas que continuam trabalhando. O siste­ma é semelhante ao do INSS, no qual quem trabalha com registro em carteira paga para aqueles que se já estão aposentados.

O grande problema do Fun­do Financeiro é que os recursos oriundos das contribuições dos servidores municipais da ativa não cobrem o valor necessário para pagar as aposentadorias. Re­sultado: por força de lei municipal, a prefeitura é obrigada a comple­mentar a diferença. Segundo a administração, o déficit mensal do Fundo Financeiro em 2019 era de aproximadamente R$ 25 milhões.

O outro sistema de aposen­tadoria existente no IPM é o do Fundo Previdenciário. É seme­lhante a uma previdência comple­mentar individual, só que, no caso do município, é coletivo. Criado em 2011, estabelece que todo servidor contratado a partir deste ano tenha suas contribuições pre­videnciárias recolhidas para este fundo de reserva que será respon­sável pelo pagamento de sua apo­sentadoria quando isto acontecer. Uma espécie de poupança que tem cerca de R$ 500 milhões, com rendimentos acima da inflação.

Futuras votações
Quando voltar do recesso parlamentar, em 4 de fevereiro, a Câmara de Vereadores terá que analisar a proposta de emenda à Lei Orgânica Municipal (LOM) e um Projeto de Lei Complemen­tar (PLC) que modifica o Regime Próprio de Previdência Social RPPS de Ribeirão Preto, de acor­do com a emenda constitucional nº 103/2019. Os projetos foram enviados pela prefeitura para o Le­gislativo no mês de dezembro.

Os dois estabelecem regras para RPPS de Ribeirão Preto e trazem para o âmbito municipal as mesmas regras e exigências para concessão de aposentado­ria e pensão dos servidores pú­blicos federais. Ou seja, alinha a legislação municipal ao novo regramento federal. Além disso, as mudanças para adequação das regras para aposentadorias e pensões dos servidores muni­cipais pretendem equacionar o déficit atuarial e equilíbrio finan­ceiro do Instituto de Previdência dos Municipiários (IPM).

Com a reforma o governo espera diminuir o déficit atuarial do município de R$ 17 bilhões para R$ 10 bilhões nos próximos 35 anos. Este déficit representa o valor que o IPM teria que de­sembolsar se todos os servidores municipais se aposentassem de uma só vez. O novo percentual de contribuição dos servidores mu­nicipais de Ribeirão Preto para o Instituto de Previdência dos Municipiários já está em vigor.

Desde 19 de dezembro, a alí­quota dos funcionários públicos da ativa – são cerca de 9.200 – saltou de 11% para 14% do salário bruto. Já a fatia da prefei­tura passou de 22% para 28%. A nova contribuição faz parte do projeto de reestruturação do IPM aprovado no ano passado na Câmara de Vereadores. Por questões legais, o novo percen­tual começou a ser cobrado em 19 de dezembro sobre o salário referente aquele mês, por isso os servidores contribuíram propor­cionalmente. Já em janeiro, o índi­ce incidirá sobre todo o mês

Servidores contratados com limitação ao teto

FUNÇÃO – FUNCIONARIOS
AGENTE COMUNITARIO DE SAUDE 16
AGENTE DE COMBATE AS ENDEMIAS 16
ARQUITETO 5
ASSISTENTE SOCIAL 16
AUXILIAR DE FARMACEUTICO 3
COORDENADOR PEDAGOGICO 3
ENFERMEIRO 1
ENGENHEIRO CIVIL 13
FISIOTERAPEUTA 3
FONOAUDIOLOGO 2
MEDICO CLINICO GERAL 2
MEDICO DE ESTRATEGIA DE SAUDE DA FAMILIA 3
MEDICO GINECOLOGISTA 1
MEDICO PEDIATRA 1
MEDICO PSIQUIATRA INFANTIL 2
MEDICO SANITARISTA 1
MEDICO VETERINARIO 2
P.E.B.III-ARTE 76
P.E.B.III-CIENCIAS FISICAS E BIOLOGICAS 4
P.E.B.III-EDUCACAO FISICA 23
P.E.B.III-GEOGRAFIA 10
P.E.B.III-HISTORIA 9
P.E.B.III-INGLES 2
P.E.B.III-LINGUA PORTUGUESA 8
P.E.B.III-MATEMATICA 5
PROFESSOR DE EDUCACAO BASICA I 7
PROFESSOR DE EDUCACAO BASICA II 40
PSICOLOGO 4
SUPERVISOR DE ENSINO 1
TECNICO EM ENFERMAGEM 1
TECNICO EM LABORAT.DE ANALISES CLINICAS 2
TOTAL 282

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