Dirigentes do MDB, PSDB, União Brasil e Cidadania fecharam um acordo nesta quarta-feira, 6 de abril, e decidiram lançar apenas um candidato à Presidência da República. Mesmo assim, o grupo da terceira via só baterá o martelo sobre quem será o candidato no dia 18 de maio.
Até agora, o nome mais cotado para encabeçar a chapa única é o da senadora Simone Tebet (MDB-MS). O ex-governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite (PSDB) também se movimenta, mas admite ser vice, caso haja essa dobradinha.
O impasse ocorre porque quem venceu as prévias do PSDB foi João Doria, ex-governador de São Paulo, e não Leite. Em comunicado emitido após reunião em Brasília, as cúpulas dos quatro partidos declararam que o objetivo dessa aliança é apresentar uma alternativa à polarização entre o presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Os dois lideram as pesquisas. “Conclamamos outras forças políticas democráticas para que possam se incorporar a esse projeto em defesa do Brasil e de todos os brasileiros”, diz a carta. O texto é assinado pelo presidente do União Brasil, Luciano Bivar.
Também é assinado pelo presidente do MDB, o ribeirão-pretano Baleia Rossi; do PSDB, Bruno Araújo; e do Cidadania, Roberto Freire. Antes da definição, o União Brasil ainda pretende submeter uma sugestão de nome à análise do grupo, até o próximo dia 14.
O ex-juiz Sérgio Moro se filiou ao União Brasil após deixar o Podemos, mas seu novo partido não quer que ele seja candidato à sucessão de Bolsonaro. A ideia é que o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública concorra a uma vaga na Câmara dos Deputados, por São Paulo.
A cúpula do União Brasil avisou que no próximo dia 14 submeterá o nome indicado pelo partido para apreciação do MDB, PSDB e Cidadania. Na tarde desta quarta-feira, Eduardo Leite se reuniu com Simone Tebet, no Senado. Em entrevista à Rádio Eldorado, a senadora afirmou ver Leite como um “grande ativo do PSDB”.