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Tempo de decisões difíceis

A geração atual vive uma crise mundial inédita e de consequên­cias assustadoras para todos. Como não há experiências anteriores, as decisões sobre medidas a serem adotadas são difíceis e muitas vezes incompreendidas e, por isso, não aceitas por um conjunto da sociedade, apesar de uma outra parte concordar, apoiar e até exigir que as ações aconteçam, com argumentos válidos e consideráveis. Assim, desde o início da crise busquei apoio diálogo constante com os interessados e informações técnicas e seguras para decidir, em nome de todas as pessoas da cidade, qual o melhor caminho seguir neste tempo de turbulências significativas em muitos aspectos.

Sempre deixei claro que não me furtaria a decidir e que também levaria permanentemente em conta a prioridade de manutenção da saúde e da preservação da vida das pessoas, com o estabelecimento de regras que que evitem a propagação da covid-19. Em todos os momentos defendi o distanciamento social como medida eficaz e controle do contágio da doença. Tenho defendido também em todas as minhas comunicações o uso da máscara, a higienização das mãos, o uso do álcool em gel e repassado as informações das autoridades de saúde, sanitárias e científicas a respeito do assunto.

Quando decidi pelas adequações às medidas de quarentena vividas em Ribeirão Preto também o fiz com o amparo de delibera­ções do Comitê Técnico de Contingenciamento da Covid-19 e do Grupo de Transição e Retomada Pós-Covid, além de considerar as deliberações externadas pelo Comitê Administrativo Extraordinário Covid-19 do governo estadual, assim como foram levados em conta os boletins epidemiológicos emitidos pela Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde. Ao considerar a possibilidade de adequar, juntamente com minha equipe de governo, fixei rígidas medidas sanitárias em nome da preservação da saúde.

Considerei ainda a necessidade de reiniciar gradativamente as atividades econômicas, por ser este o caminho para a manutenção do emprego e da renda das pessoas e a sobrevivência das empresas, desde que obedecidas as regras de utilização de equipamentos que evitem a transmissão do coronavírus, de distanciamento entre as pessoas e a garantia de não aglomeração, por meio de agendamentos prévios. A Justiça entendeu não ser ainda possível a aplicação das adequações propostas e a determinação judicial será cumprida.

Assim como nas demais decisões, observei a prática do diálogo, inclusive com o governo estadual, a quem apresentei os indicadores da covid-19 em nossa cidade, em reunião realizada por videocon­ferência nesta terça-feira, dia 28. Não mudarei a forma de buscar as soluções para esta sensível crise que afeta a vida de todas as pesso­as, indistintamente. Seguirei buscando as informações corretas e a análise de pessoas capacitadas para só depois decidir qual a melhor alternativa.

Estou convicto de que tomamos em Ribeirão Preto as melhores decisões para reduzir o contágio da doença. Os resultados mostram o acerto nas medidas. A propagação está controlada e o aumento de casos é muito inferior ao que ocorre em outras cidades. Melhor seria a inexistência de casos da doença, situação que se verifica impossí­vel, em função da pandemia.
Ao mesmo tempo em que controlamos o contágio com o dis­tanciamento social, aprimoramos o nosso sistema de saúde com o objetivo de atender maior número de pessoas e modificamos procedimentos com o objetivo de evitar os sobressaltos tão comuns diante dos desafios que se apresentam neste momento. Continuamos a decidir e a adotar medidas que possam nos levar, com segurança, à volta da normalidade de nossas vidas. Mesmo que de forma gradual.

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