Ribeirão Preto voltou a registrar a temperatura mais alta do ano. Às 15 e às 16 horas, chegou a 39 graus Celsius pelo quinto dia seguido, com sensação térmica de 46ºC, como mostra o termômetro digital de uma corretora de seguros na avenida Capitão Salomão. Alguns sites anunciaram 40ºC no mesmo horário. Na região, Sertãozinho registrou 40,8ºC e em Barretos chegou a 41ºC.
A umidade relativa do ar estava em 23% no mesmo horário. O ideal é de 60%, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Abaixo de 30% o município entra em estado de atenção e quando o índice é inferior a 20% a situação é de alerta. Abaixo de 12% já é considerado um caso de emergência.
O jeito ainda é apelar para água, suco e sorvete, além de ventiladores e ambientes com ar-condicionado. A Lagoa do Saibro, na Zona Leste de Ribeirão Preto, área de recarga do Aquífero Guarani, chegou a secar em setembro. A Defesa Civil voltou a emitir alerta para a região e todo o interior paulista sobre uma forte onda de calor, com índices críticos de umidade relativa do ar para os próximos dias no estado de São Paulo.
A temperatura deve oscilar entre 35 graus e 40ºC até segunda-feira, 5 de outubro, mas pode atingir o teto neste final de semana. Segundo o Climatempo, a previsão para estes sábado (3) não muda, com os termômetros marcando entre 23ºC e 40ºC e umidade variando de 14% a 36%, sem possibilidade de chuva.
Já para o domingo (4) a mínima deve ser de 22ºC e a máxima, de 38ºC. Há previsão de chuva para amanhã, mas de apenas um milímetro – deve chover apenas em alguns bairros. A umidade fica entre 18% e 65%. Na segunda-feira (5), Ribeirão Preto terá mais calor, com a temperatura oscilando de 21ºC a 38ºC e umidade 19% e 55%. A chance de chover é pequena, diz o site Climatempo.
A massa de ar seco e quente que está sobre o interior do Brasil deve permanecer até a próxima semana, elevando as temperaturas e afastando as possibilidades de chuva, em especial nas regiões Centro-Oeste e Sudeste.
A previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) é que as temperaturas continuem elevadas, com máximas acima dos 30 graus em praticamente todo o Brasil, podendo ter picos de 40°C nas regiões Centro-Oeste e Sudeste e mínimas entre 14°C e 26°C.
O fenômeno é consequência da massa de ar seco e quente que cobre o Brasil Central e gera uma gigante bolha de ar quente, as chamadas cúpulas de calor ou “heat dome”. A área de alta pressão em altitude gera movimentos de descida na atmosfera com calor extremo e tempo muito seco.
A forte estiagem com baixa disponibilidade de umidade no solo acaba agravando a situação e cria-se um mecanismo em que o tempo seco agrava o calor e o calor agrava o tempo seco, gerando ainda maior evapotranspiração.