A Defesa Civil do Estado de São Paulo alerta sobre a chegada de uma massa de ar frio que causará queda significativa de temperatura em Ribeirão Preto, neste final de semana, entre a madrugada desta sexta-feira (14) e o próximo domingo, 16 de julho.
As menores temperaturas ocorrerão entre o final da madrugada e início da manhã, com previsão de 6 graus Celsius e sensação térmica de 5°C – talvez menos. Além disso, um “alerta severo” de vendaval foi emitido pela Defesa Civl para a cidade, que pode ter rajadas de vento de 70 a 90 quilômetros por hora (km/h).
Segundo dados divulgados às 18 horas desta quinta-feira (13) pelo Climatempo, nesta sexta-feira (14) os termômetros podem marcar entre 14ºC e 25 graus. A umidade relativa do ar continuará baixa, em 24%. O cenário muda no sábado, dia 15, com temperatura mínima de 10ºC e máxima de 27ºC.
A umidade recua para 21%. No domingo (16), os termômetros devem marcar entre 12 graus e 29Cº, com a umidade em 29%. O mínimo ideal é de 60%. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), abaixo de 30% o município entra em estado de atenção e quando o índice é inferior a 20% a situação é de alerta. Abaixo de 12% já é considerado caso de emergência.
A Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas) está com o protocolo de baixas temperaturas ativas, com abertura do Centro POP e trabalho da equipe do Serviço Especializado em Abordagem Social em dias que a temperatura caia abaixo de 13°C.
A ação terá a participação conjunta da Guarda Civil Metropolitana, Defesa Civil, Secretaria de Assistência Social e Secretaria Municipal da Saúde, para que, caso haja demanda específica, as pessoas em situação de rua sejam encaminhadas corretamente.
“Diante do boletim meteorológico, emitido pela Defesa Civil do Estado, com previsão de baixas para o município de Ribeirão Preto, destacamos a atenção aos mais vulneráveis, crianças, idosos e pessoas em situação de rua”, destaca o coordenador da Defesa Civil municipal, Tiago Caldeira.
“Manteremos as ações preventivas, orientações, apoio à Semas e Fundo Social de Solidariedade. Nos colocamos à disposição pelo telefone 199”, emenda Tiago Caldeira. Para solicitar ajuda às pessoas em estado de vulnerabilidade, a Assistência Social disponibiliza o Fale Assistência Social (FAS) – telefones 161, 0800 77 30161 e o WhatsApp 3610-0687.
Ciclone
A frente fria que chega a Ribeirão Preto é reflexo do ciclone extratropical que causou destruição e mortes nos estados do Sul e do Sudeste do país nesta semana. Em Itanhaém, no Litoral Sul de São Paulo, uma idosa de 80 anos morreu nesta quinta-feira (13), atingida por um fio de alta-tensão.
O cabo caiu após ser acertado por um galho de árvore que foi derrubado pelo vento forte. Em São José dos Campos, uma jovem de 24 anos ficou gravemente ferida quando um tronco desabou sobre o carro onde fazia aula de auto-escola; ela chegou a ser internada, mas morreu no fim da tarde.
Segundo a Defesa Civil, os fortes ventos que atingem o estado são decorrência de um ciclone extratropical que atua no litoral de Santa Catarina. É recomendável evitar estacionar veículos perto de cabos elétricos, torres de transmissão, árvores, outdoors e outras estruturas que não pareçam seguras.
O ciclone que passa pelo Sul do País desde quarta-feira (12) matou um em Rio Grande, no interior gaúcho, e deixou 20 feridos. Em todo o Estado, há mais de 800 mil pessoas sem energia elétrica. O fenômeno climático já tem se direcionado sentido ao Oceano Atlântico nesta quinta-feira, mas seus impactos serão sentidos até o fim desta semana, dizem os meteorologistas.
Desde o litoral gaúcho até a costa do Rio de Janeiro, deve haver vento forte e chuva e a frente fria avança até parte do Centro-Oeste. Entre a madrugada e a manhã desta quinta-feira, o vento chegou a 140 km/h no litoral sul gaúcho. Temporais e ventos fortes causam transtornos na região metropolitana de Porto Alegre, na região dos vales, na serra gaúcha e no litoral norte do Rio Grande do Sul, segundo a Defesa Civil.
Segundo o governo, o idoso que morreu estava em casa quando o imóvel foi atingido por uma árvore, no bairro Maria dos Anjos. Esses efeitos climáticos tendem a “subir” o país conforme o ciclone se afasta, o que diminui a intensidade dos ventos e chuvas.
A Marinha emitiu, no começo da semana, alerta de ressaca no mar, ventania e ondas de até 4,5 metros no litoral de Santa Catarina a São Paulo. Agora, o alerta vale para o litoral do Rio de Janeiro também, onde as ondas devem chegar a quatro metros até a manhã desta sexta-feira.