Romero Jucá (PMDB-RR), afirmou nesta terça-feira que o pedido de demissão do ex-ministro das Cidades Bruno Araújo “precipita” a reforma ministerial no governo do presidente Michel Temer (PMDB) e que o peemedebista deve alterar os ocupantes de dezessete dos 28 ministérios.
“A saída do ministro da Cidades precipita a discussão da reforma ministerial, tendo em vista que há ministério vago. Temer está avaliando e discutindo como vai fazer. Será uma reforma ampla, 17 ministérios vagos no prazo que o presidente determinar. Ele quem vai definir o ritmo”, publicou Jucá em sua conta no Twitter.
Temer vinha sendo pressionado pelo chamado “Centrão”, que inclui partidos como PP, PSD, PR, PRB e PTB, a mexer na configuração do primeiro escalão do governo. Os líderes do grupo condicionam à reforma ministerial a aprovação de medidas econômicas propostas pelo Planalto, sobretudo a reforma da Previdência em tramitação na Câmara, principal trunfo do legado reformista que Temer pretende deixar.
Outros três partidos da base aliada entraram na disputa com o PP pelo comando do Ministério das Cidades, após a saída do tucano Bruno Araújo (PSDB-PE) nesta segunda-feira, 13. Políticos do PMDB e DEM começaram a se articular para indicar um nome ligado às suas respectivas legendas. Apesar de estar em 11º lugar no ranking de orçamento da Esplanada (R$ 10,1 bilhões), a pasta comanda programas com impacto direto nas bases eleitorais, como construção de moradias, redes de esgoto e transporte urbano.